Abro um pequeno espaço hoje aqui no Blog Dia-a-Dia, por Luisa, para divulgar alguns dos trabalhos do Prof. Paulo Vieira de Castro, com quem tenho mantido contato através de emails nesses últimos meses. O Prof. Paulo tem mostrado um lado da nossa economia que, por muitas vezes, interessam a alguns e desinteressam a outros.
Acredito que esta é uma vertente que devemos refletir um pouco sobre o assunto em pauta e observar o que podemos fazer para que tenhamos um futuro melhor.
Longe de qualquer juízo de grandeza moral, coloquei a mim mesmo uma questão: o que poderão os gestores aprender com os mais pobres, aqueles que vivem literalmente na rua? Qual a motivação de quem os ajuda, qual é o estado de espírito propício para se dar? Como é que isso poderá inspirar a liderança nas organizações?
* Consultor de empresas, Diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing, Instituto Superior de Administração e Gestão-Porto.
Aprender noções de economia e gestão foi o objectivo de um trabalho junto dos sem-abrigo, em Junho passado, no Porto. Este tema foi primeriramente publicado na HSM Management (Brasil) e na revista Marketeer (Portugal). O relatório surge agora, em Ciência Hoje, na forma de «Dez lições para uma nova economia»
Primeira lição: o dinheiro é uma não realidade
Ninguém é vítima do mundo, mas sim da forma como o percebe. Nas organizações passa-se exatamente o mesmo. Se eu tiver vinte e cinco milhões de Euros, o modo como os uso determina o seu verdadeiro valor. Assim, ao contrário do que diz o povo dinheiro não faz dinheiro, na verdade o valor do dinheiro depende diretamente da capacidade que cada um tem de o aplicar de forma útil. Mas, qual é o autêntico valor do dinheiro para quem vive na rua? Estimo que um Euro possa valer duas a três vezes mais para um sem abrigo que para um elemento da classe média. Surpreendidos?
Claro que, para o bem e para o mal, o pobre nada sabe sobre acumulação de capitais, de mais-valias, percepcionando o dinheiro sempre de forma criativa, mas nunca submissa, fazendo ele mesmo de analista, de executivo e de controller da sua própria atividade. Não aceita sugestões de especialistas..
Segunda lição: você vive do que recebe, mas constrói a vida com o que dá
Perspectivando uma nova economia solidária, no seu último livro “DAR”, Bill Clinton reformula o sentido do ato, através de um olhar inspirador na forma como cada um de nós poderá mudar o mundo. Antes disso, Jorge Luís Borges pediu que se lançassem pérolas a porcos, porque o que importa é dar. Muito embora reconheça um quê de liberdade poética nesta proposta há algo que eu confirmei na rua; tudo o que dei é meu, tudo o que dei contínua comigo. Assim, no final tudo o que restará será o que compartilhei. Manterei este mesmo sentimento relativamente ao que simplesmente comprei ou vendi? Para que isso aconteça talvez seja necessário às empresas uma nova transparência de propósitos, novos valores, um novo enfoque relacional, refiro-me à criação de comunidades de proximidade real.
Madre Teresa afirmava que quanto menos temos mais temos para dar. Na rua vemos isso claramente. Parece um contracenso, mas não o será se repensarmos o sentido do que é verdadeiramente importante para a vida humana. Bastará ver como a satisfação em torno do consumo é fugaz, temporaria, para entender o valor real de um sorriso, ou de um abraço sincero.
Aceitar a dádiva como forma de participar na construção de um mundo onde todos tenham lugar é um sentimento que está em qualquer de nós, independentemente do credo que escolhemos. Para os judeus a caridade é uma responsabilidade da comunidade. Para os católicos toda a humanidade tem direito ao usufruto dos bens. O mundo islâmico dá o exemplo através do zakah, entregando 2,5% do lucro aos mais pobres, ainda para os muçulmanos só a caridade purifica o lucro obtido. Para os hindus o Homem veio ao mundo de mãos vazias, regressando sempre de mãos vazias, dar é para estes a única forma de purificação, pelo que só as acções filantrópicas darão bom karma. Igualmente, o desapego aos bens materiais da filosofia budista faz com que qualquer ação tenha como intenção gerar felicidade aos outros e a si próprio.
Será previsível um crescimento de mercado no que à solidariedade diz respeito. Para além de assegurar a sobrevivência básica dos mais necessitados, surgirão novas responsabilidades. Desde logo dar a si mesmo, ou à sua fonte de inspiração, abrindo caminho a um maior compromisso com a espiritualidade, na senda de modelos de aplicação não periférica à responsabilidade de se ser humano, passando a cumprir compromissos estratégicos baseados em valores essenciais à solidariedade, à responsabilidade inclusiva, à compaixão, à espiritualidade, ao estar grato, à paz interior. Esta será a oportunidade que faltava para o surgimento de uma nova economia.
Apesar do arrebatador avanço da economia contra intuitiva, em especial nas últimas duas décadas, haverá na lógica do dar um envolvimento preferencial e complementar com critérios que escapam ao entendimento normativo, isto porque estamos perante variáveis meramente auto-referentes. Refiro-me a recursos infinitos de sentido, património de todos os homens e mulheres. São valores como a bondade, a compaixão, a intuição, a dimensão espiritual, a auto-realização, o desapego, isto de entre outros ativos intangíveis, que futuramente motivarão as relações de proximidade entre agentes organizacionais.
Perspectivando uma nova economia solidária, no seu último livro “DAR”, Bill Clinton reformula o sentido do ato, através de um olhar inspirador na forma como cada um de nós poderá mudar o mundo. Antes disso, Jorge Luís Borges pediu que se lançassem pérolas a porcos, porque o que importa é dar. Muito embora reconheça um quê de liberdade poética nesta proposta há algo que eu confirmei na rua; tudo o que dei é meu, tudo o que dei contínua comigo. Assim, no final tudo o que restará será o que compartilhei. Manterei este mesmo sentimento relativamente ao que simplesmente comprei ou vendi? Para que isso aconteça talvez seja necessário às empresas uma nova transparência de propósitos, novos valores, um novo enfoque relacional, refiro-me à criação de comunidades de proximidade real.
Madre Teresa afirmava que quanto menos temos mais temos para dar. Na rua vemos isso claramente. Parece um contracenso, mas não o será se repensarmos o sentido do que é verdadeiramente importante para a vida humana. Bastará ver como a satisfação em torno do consumo é fugaz, temporaria, para entender o valor real de um sorriso, ou de um abraço sincero.
Aceitar a dádiva como forma de participar na construção de um mundo onde todos tenham lugar é um sentimento que está em qualquer de nós, independentemente do credo que escolhemos. Para os judeus a caridade é uma responsabilidade da comunidade. Para os católicos toda a humanidade tem direito ao usufruto dos bens. O mundo islâmico dá o exemplo através do zakah, entregando 2,5% do lucro aos mais pobres, ainda para os muçulmanos só a caridade purifica o lucro obtido. Para os hindus o Homem veio ao mundo de mãos vazias, regressando sempre de mãos vazias, dar é para estes a única forma de purificação, pelo que só as acções filantrópicas darão bom karma. Igualmente, o desapego aos bens materiais da filosofia budista faz com que qualquer ação tenha como intenção gerar felicidade aos outros e a si próprio.
Será previsível um crescimento de mercado no que à solidariedade diz respeito. Para além de assegurar a sobrevivência básica dos mais necessitados, surgirão novas responsabilidades. Desde logo dar a si mesmo, ou à sua fonte de inspiração, abrindo caminho a um maior compromisso com a espiritualidade, na senda de modelos de aplicação não periférica à responsabilidade de se ser humano, passando a cumprir compromissos estratégicos baseados em valores essenciais à solidariedade, à responsabilidade inclusiva, à compaixão, à espiritualidade, ao estar grato, à paz interior. Esta será a oportunidade que faltava para o surgimento de uma nova economia.
Apesar do arrebatador avanço da economia contra intuitiva, em especial nas últimas duas décadas, haverá na lógica do dar um envolvimento preferencial e complementar com critérios que escapam ao entendimento normativo, isto porque estamos perante variáveis meramente auto-referentes. Refiro-me a recursos infinitos de sentido, património de todos os homens e mulheres. São valores como a bondade, a compaixão, a intuição, a dimensão espiritual, a auto-realização, o desapego, isto de entre outros ativos intangíveis, que futuramente motivarão as relações de proximidade entre agentes organizacionais.
Terceira lição: no futuro a economia será interdependente
Na rua a economia de parceria parece não resultar, isto ao contrário do conceito de interdependência. Acredito que no futuro o sucesso das grandes corporações dependerá desse entendimento. Aliás, a internet é já um bom exemplo disso, nos casos em que prova ser possível divergir dos princípios meramente capitalistas, onde existe exclusivamente uma partilha de meios, mas raramente de fins. Assim como na rua, nos negócios esta ideia implica que todos são, contemporaneamente, a um mesmo momento provedores e tomadores, clientes e fornecedores. Isto é já o que acontece com alguns negócios na internet.
Esta visão de futuro para as relações empresariais antecipa o aparecimento de um novo conceito de economia relacional, surgindo a economia interdependente. Nas estratégias solidárias é isso mesmo que acontece: aqui também se dá e recebe o maior dos bens, o afeto inclusivo, a confiança mútua, afetuosa e permanente, a segurança capaz de granjear a paz interior. O aspecto verdadeiramente inovador é que todos ganham nesta relação, e não exclusivamente os diretamente envolvidos. A matemática, a química, a física há muitas décadas que conseguiram provar que na natureza tudo está interligado; interdependente. Como poderiam as relações humanas escapar a esta realidade?
Para a gestão isto significará a passagem das parcerias estratégicas para a fundação de uma economia de comunidades, onde cada um contribui individualmente, não competindo, não cooperando, mas sim interdependendo.
Por onde começar a transformação? – perguntará. Acreditar é o primeiro passo, depois acreditar que você é sempre parte da solução, acreditar, ainda, que você é também parte do problema. O resto você já sabe.. A este respeito Max Planck afirmou que à entrada dos portões do templo da ciência estão escritas as palavras: “tens de ter fé”. Mas, ter fé talvez não seja crer no que não vemos, mas sim criar o que não vemos...
Para entender de forma completa a ideia da interdependência nos negócios o ser humano terá de voltar à fonte, ao sopro vital, indo além do auto-conhecimento, ou seja à auto-realização.
Na rua a economia de parceria parece não resultar, isto ao contrário do conceito de interdependência. Acredito que no futuro o sucesso das grandes corporações dependerá desse entendimento. Aliás, a internet é já um bom exemplo disso, nos casos em que prova ser possível divergir dos princípios meramente capitalistas, onde existe exclusivamente uma partilha de meios, mas raramente de fins. Assim como na rua, nos negócios esta ideia implica que todos são, contemporaneamente, a um mesmo momento provedores e tomadores, clientes e fornecedores. Isto é já o que acontece com alguns negócios na internet.
Esta visão de futuro para as relações empresariais antecipa o aparecimento de um novo conceito de economia relacional, surgindo a economia interdependente. Nas estratégias solidárias é isso mesmo que acontece: aqui também se dá e recebe o maior dos bens, o afeto inclusivo, a confiança mútua, afetuosa e permanente, a segurança capaz de granjear a paz interior. O aspecto verdadeiramente inovador é que todos ganham nesta relação, e não exclusivamente os diretamente envolvidos. A matemática, a química, a física há muitas décadas que conseguiram provar que na natureza tudo está interligado; interdependente. Como poderiam as relações humanas escapar a esta realidade?
Para a gestão isto significará a passagem das parcerias estratégicas para a fundação de uma economia de comunidades, onde cada um contribui individualmente, não competindo, não cooperando, mas sim interdependendo.
Por onde começar a transformação? – perguntará. Acreditar é o primeiro passo, depois acreditar que você é sempre parte da solução, acreditar, ainda, que você é também parte do problema. O resto você já sabe.. A este respeito Max Planck afirmou que à entrada dos portões do templo da ciência estão escritas as palavras: “tens de ter fé”. Mas, ter fé talvez não seja crer no que não vemos, mas sim criar o que não vemos...
Para entender de forma completa a ideia da interdependência nos negócios o ser humano terá de voltar à fonte, ao sopro vital, indo além do auto-conhecimento, ou seja à auto-realização.
Quarta lição: o centro vital do Homem estará na auto-realização
Fernando Pessoa dizia que conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez; e isso é certo. Ao contrário da ideia avançada pela sociedade do conhecimento, onde se mostrava central conhecer, a proposta agora será a de auto-realizar. Uma outra mudança que parece irreversível é a que concerne à medida da satisfação, passando esta a ser calculada na economia interdependente, fundamentalmente, com base em níveis de auto-realização de todas as partes da relação; e não mais vendo a individuo como a medida de todas as coisas.
Fernando Pessoa dizia que conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez; e isso é certo. Ao contrário da ideia avançada pela sociedade do conhecimento, onde se mostrava central conhecer, a proposta agora será a de auto-realizar. Uma outra mudança que parece irreversível é a que concerne à medida da satisfação, passando esta a ser calculada na economia interdependente, fundamentalmente, com base em níveis de auto-realização de todas as partes da relação; e não mais vendo a individuo como a medida de todas as coisas.
Quinta lição: a economia não terá de ser sustentável, mas sim inclusiva
A realidade que se vive na rua fez-me perspectivar, ainda, o próximo passo, uma nova doutrina económica aparentada a um entrepreneurial capitalism elevado ao seu expoente máximo de responsabilidade inclusiva, onde assim como na natureza, também na economia assistiremos ao retorno à natural evolução criativa, em que encontraremos “todos” que são maiores do que a soma das suas partes. Para além de jogarmos com ideia de interdependencia, passaremos a reconhecer no fator impermanencia uma variável estratégica de oportunidade, cabendo à gestão de topo potenciála, ao invés de a tentar isolar, como se de uma bactéria nociva se tratásse. A mudança é – afinal - o maior bem de todos os homens e mulheres.
A realidade que se vive na rua fez-me perspectivar, ainda, o próximo passo, uma nova doutrina económica aparentada a um entrepreneurial capitalism elevado ao seu expoente máximo de responsabilidade inclusiva, onde assim como na natureza, também na economia assistiremos ao retorno à natural evolução criativa, em que encontraremos “todos” que são maiores do que a soma das suas partes. Para além de jogarmos com ideia de interdependencia, passaremos a reconhecer no fator impermanencia uma variável estratégica de oportunidade, cabendo à gestão de topo potenciála, ao invés de a tentar isolar, como se de uma bactéria nociva se tratásse. A mudança é – afinal - o maior bem de todos os homens e mulheres.
Sexta lição: a nova lógica de se ser humano
Não será suficiente conhecer a responsabilidade como caminho para um mundo mais justo. Lembre-se que conhecer o caminho não é a mesma coisa que trilhá-lo até ao seu termo. Garanto-lhe que há alguém muito especial que o espera no final do caminho: você!
Na dimensão dos valores humanos não existe a verdade dos outros. Tratando-se de uma terra sem caminho, viver nesta certeza será assumir a maior responsabilidade das nossas vidas. Aceitar a importância de tais valores nas relações de mercado, obriga a que cada um de nós seja um cientista interior, cuja sua maior valência será a de experimentar a verdade e, consequentemente, estar disponível a aceitar a mudança como a única certeza. A verdade, desde a sua origem, revela-nos o ponto onde nada está escondido, onde só a profundidade do essencial será revelado. Então, seja você mesmo!
Não será suficiente conhecer a responsabilidade como caminho para um mundo mais justo. Lembre-se que conhecer o caminho não é a mesma coisa que trilhá-lo até ao seu termo. Garanto-lhe que há alguém muito especial que o espera no final do caminho: você!
Na dimensão dos valores humanos não existe a verdade dos outros. Tratando-se de uma terra sem caminho, viver nesta certeza será assumir a maior responsabilidade das nossas vidas. Aceitar a importância de tais valores nas relações de mercado, obriga a que cada um de nós seja um cientista interior, cuja sua maior valência será a de experimentar a verdade e, consequentemente, estar disponível a aceitar a mudança como a única certeza. A verdade, desde a sua origem, revela-nos o ponto onde nada está escondido, onde só a profundidade do essencial será revelado. Então, seja você mesmo!
Setima lição: ser o exemplo que queremos ver nos outros
Apesar de se tratar de uma visão meramente pessoal, acredito que todos teremos a agradecer o facto de poder dar o melhor de nós próprios. Mas, quantos de nós estamos dispostos a isso?! Uma nova consciência para o mundo dos negócios terá, necessariamente, que passar pela responsabilidade de, como diria Ghandi, sermos o exemplo que queremos ver nos outros. Mais uma vez dar, neste caso dar o exemplo.
Todos pretendemos vencer. Para os que estão na rua isso significará sempre, quanto a mim, a vitória sobre si mesmo. Este é, igualmente, um desafio para o qual muitos dos nossos administradores de empresas não estão, ainda, preparados.
Apesar de se tratar de uma visão meramente pessoal, acredito que todos teremos a agradecer o facto de poder dar o melhor de nós próprios. Mas, quantos de nós estamos dispostos a isso?! Uma nova consciência para o mundo dos negócios terá, necessariamente, que passar pela responsabilidade de, como diria Ghandi, sermos o exemplo que queremos ver nos outros. Mais uma vez dar, neste caso dar o exemplo.
Todos pretendemos vencer. Para os que estão na rua isso significará sempre, quanto a mim, a vitória sobre si mesmo. Este é, igualmente, um desafio para o qual muitos dos nossos administradores de empresas não estão, ainda, preparados.
Oitava lição: só aquele que vê o invisível poderá realizar o impossível
Does more money buy you more happiness? Esta é a principal questão a que pretendeu dar resposta a análise publicada pela Universidade de Navarra, Espanha. Uma das conclusões deste estudo vai no sentido de declarar uma notória impotência do dinheiro quando o colocamos em contraponto com a felicidade.
Perante uma humanidade que se debate entre os anseios de uma nova consciência nos negócios e uma busca individual por um sentido mais amplo para a sua existência, confrontamo-nos com novos ideais enraizados no mais elevado patamar da ética empresarial, a espiritualidade. Só esta parece ser capaz de despertar o princípio organizador, totalizador, integrador de todas as potencialidades humanas. Como poderia ser diferente nas relações de mercado?
Does more money buy you more happiness? Esta é a principal questão a que pretendeu dar resposta a análise publicada pela Universidade de Navarra, Espanha. Uma das conclusões deste estudo vai no sentido de declarar uma notória impotência do dinheiro quando o colocamos em contraponto com a felicidade.
Perante uma humanidade que se debate entre os anseios de uma nova consciência nos negócios e uma busca individual por um sentido mais amplo para a sua existência, confrontamo-nos com novos ideais enraizados no mais elevado patamar da ética empresarial, a espiritualidade. Só esta parece ser capaz de despertar o princípio organizador, totalizador, integrador de todas as potencialidades humanas. Como poderia ser diferente nas relações de mercado?
Nona lição: a inspiração transformadora é o único recurso infinito da Terra
Tudo na vida é uma doce responsabilidade, não um mero jogo de sorte ou azar. Este é um entendimento que, desde meados dos anos oitenta, assiste à figura do Gestor Servidor, também conhecido por Gestor ao Serviço. A revolução organizacional dependerá da assunção de todos os seus elementos enquanto agentes de mobilização. Aristóteles, que nunca leu um livro de administração de empresas, sabia que somos aquilo que fazemos repetidamente. Por isso mesmo, a excelência não é um ato, mas um hábito.
O que falta então para romper com algumas das nossas rotinas? Acreditar que, para além de desejável, é possível. Seguindo a máxima de São Francisco de Assis, deveremos começar por fazer o que é necessário; depois fazer o possível; e, sem dar por isso, estaremos a fazer o impossível. Parece simples!
Tudo na vida é uma doce responsabilidade, não um mero jogo de sorte ou azar. Este é um entendimento que, desde meados dos anos oitenta, assiste à figura do Gestor Servidor, também conhecido por Gestor ao Serviço. A revolução organizacional dependerá da assunção de todos os seus elementos enquanto agentes de mobilização. Aristóteles, que nunca leu um livro de administração de empresas, sabia que somos aquilo que fazemos repetidamente. Por isso mesmo, a excelência não é um ato, mas um hábito.
O que falta então para romper com algumas das nossas rotinas? Acreditar que, para além de desejável, é possível. Seguindo a máxima de São Francisco de Assis, deveremos começar por fazer o que é necessário; depois fazer o possível; e, sem dar por isso, estaremos a fazer o impossível. Parece simples!
Décima lição: aprender mais com a natureza, e menos com a civilização
Entre aqueles que vivem na rua, e da rua, muitos foram os que já se aperceberam que os limites da sua actividade obedecem, agora, a um novo paradigma e a novos públicos. Da necessidade que um crescente número de pessoas tem em ser solidária/ interdependente/ responsável, simplesmente dando. Como resposta a esta oportunidade encontramos, agora, formas mais criativas de enfrentar o mercado, resultando desta constatação o atendimento a novas propostas de valor. Esta nova vaga valoriza essencialmente o dar responsável, com sentido, relegando para um segundo plano a solidariedade meramente material.
Uma moeda ou um sorriso...
Entre aqueles que vivem na rua, e da rua, muitos foram os que já se aperceberam que os limites da sua actividade obedecem, agora, a um novo paradigma e a novos públicos. Da necessidade que um crescente número de pessoas tem em ser solidária/ interdependente/ responsável, simplesmente dando. Como resposta a esta oportunidade encontramos, agora, formas mais criativas de enfrentar o mercado, resultando desta constatação o atendimento a novas propostas de valor. Esta nova vaga valoriza essencialmente o dar responsável, com sentido, relegando para um segundo plano a solidariedade meramente material.
Uma moeda ou um sorriso...
O exemplo do “Free Hugs” mostra que precisamos mais de nos manter prósperos e ao mesmo tempo prestativosCada vez precisamos mais de nos manter prósperos, mas ao mesmo tempo prestativos, isto de forma inclusiva, sem receios ou ressentimentos, pelo que daremos, incondicionalmente a nossa inspiração, o nosso tempo, o nosso talento, etc. O que parece estar a mudar é a relação entre dinheiro e felicidade. A onda criada com movimentos como o “Free Hugs” (Abraços Grátis), ou o Banco de Tempo (a simples troca de tempo por tempo), vieram provar exatamente isso. Está pois lançado o mais nobre desafio de sempre aos gestores de empresas: a gratuitidade.
Santo Agostinho acreditava que os milagres não acontecem em contradição com a natureza, mas apenas em contradição com o que conhecemos desta.
Em conclusão, gostaria de afirmar a minha crença que no futuro da economia terá mais a aprender com a natureza, ela própria interdependente, e menos com a civilização.
Em conclusão, gostaria de afirmar a minha crença que no futuro da economia terá mais a aprender com a natureza, ela própria interdependente, e menos com a civilização.
Aproveite agora e veja uma entrevista com o Prof. Paulo em uma emissora de TV de Portugal:
Espero sinceramente que todos gostem.
Um grande abraço a todos!!!
Um comentário:
Oiii Luisa!!! td certinho?
tenha um ótimo finzinho de domingo!
obs: dá uma passadinha lá no meu blog que tem um presentinho pra você!
bjinhoooo
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