sexta-feira, 29 de agosto de 2008

VOCÊ É UM PENSADOR INTEGRATIVO?

Por Luisa Monteiro



Na revista HSM de julho/agosto traz uma matéria muito legal sobre inovação, ela é bem direta e objetiva, com bons exemplos e ferramentas que podem nos ajudar na adoção da nova e surpreendente forma de pensar interativamente. Continue a leitura e descubra se é possível ou não tornar-se um pensador interativo.
Antes de buscar razões para o sucesso de líderes empresariais excepcionais, é preciso entender que eles pensam de forma não convencional –“conversam” com suas “mentes opositoras”. O diretor da famosa escola de gestão canadense Rotman (Roger Martin) explica a descoberta de sua pesquisa e dá exemplos reais.

Os líderes empresariais bem-sucedidos fazem tantas coisas diferentes que fica difícil descobrir a chave de seu sucesso pela simples observação de seus atos. Depois de estudar em profundidade mais de 50 entrevistas realizadas com líderes de sucesso, descobri que o segredo não é indagar o que eles fazem, mas sim como pensam.

Acredito que a resposta é que eles pensam com suas “mentes opositoras”. Quando têm a necessidade de fazer uma escolha entre modelos ou opções conflitantes –cada uma com suas limitações–, não pensam simplesmente na solução “menos pior”.
Utilizam a informação inserida nesses modelos opositores e a tensão entre eles para gerar uma solução criativa na forma de um novo modelo que contenha elementos de modelos anteriores, porém superior a cada um deles individualmente.
Por exemplo, Isadore Sharp, fundador da rede de hotéis e resorts Four Seasons, recusou-se a escolher entre construir hotéis pequenos com ambiente familiar (mas com serviço limitado) e hotéis para grandes convenções com todo o conforto (mas com ambiente frio e impessoal). Mais que isso, ele inventou um modelo inovador que hoje rege os hotéis luxuosos de todo o mundo: empreendimentos de tamanho médio com valores justos e serviço tão espetacular que possibilitam todo o conforto necessário, mesmo naqueles modelos que têm como propósito um número reduzido de apartamentos.
Outro caso é Bob Young, co-fundador da Red Hat Software, principal fornecedora do software Linux, que se recusou a escolher entre um modelo de software proprietário e um grátis. Em vez de tentar converter o Linux num software com direito de propriedade –contrariando tudo que o mercado do código aberto preconizava– ou de tentar ganhar a vida penosamente vendendo o programa Linux em CD para uma clientela de hackers por US$ 15 a unidade, Young decidiu doar pela internet (de forma gratuita mesmo) o software Red Hat. Foi sua maneira de desenvolver uma participação dominante no mercado e emergir como a única provedora de Linux em larga escala, com tamanho e presença suficientes para ter a credibilidade de vender serviços a grandes empresas.
Um terceiro caso é A.G. Lafley, que, em 2000, assumiu as posições de presidente do conselho de administração e CEO da Procter & Gamble, então com muitos problemas –após a primeira demissão de um CEO em seus 200 anos de história. Disseram-lhe que ele teria de reduzir os gastos em inovação de produtos, porque estes haviam saído do controle e representavam um custo completamente insustentável. Embora isso fosse verdade, seu antecessor havia sido realista quando entendeu que, com tantos concorrentes trabalhando para destronar a P&G em algumas categorias, a empresa precisava aumentar a velocidade das inovações se quisesse manter a liderança.

O fato é que Lafley tinha duas opções a sua frente: “Manter o investimento insustentável em inovações” ou “Inovar menos, o que era pouco realista”. Em vez de escolher entre elas, no entanto, ele surgiu com uma opção muito melhor: “Conectar e desenvolver”. Com isso, a P&G conseguiu gerar 50% das inovações externamente e, lá dentro, aplicou os recursos onde já possuía grande vantagem competitiva: qualificação, comercialização, marketing e distribuição de novos produtos inovadores.
Como foi que Sharp, Young, Lafley e os outros líderes bem-sucedidos entrevistados conseguiram pensar de maneira tão singular?

As seis faces do pensamento Integrativo
O pensador integrativo acredita que:
1. Os modelos existentes não representam a “realidade”.
2. Modelos que se opõem ao seu não devem ser evitados, mas questionados.
3. Modelos melhores virão.
4. Ele é capaz de criar um modelo melhor.
5. Ele pode ir ao encontro da complexidade com entusiasmo.
6. Ele pode dedicar-se a criar um modelo melhor pelo tempo que for necessário.


Pensadores convencionais versus integrativos

O ponto de partida para esse enigma é a postura adotada pelas pessoas diante do mundo em que atuam e o modo como enxergam o papel que desempenham nele. As pessoas de pensamento convencional,
que tendem a escolher entre os modelos existentes não tão ideais, adotam as seguintes posturas perante o mundo:
1) acreditam que podem enxergar a “realidade verdadeira” de cada situação;
2) crêem que visões opostas às suas “não correspondem à realidade” e, portanto, estão erradas;
3) uma vez que “enxergam” a realidade, não poderia haver modelo melhor.
Assim, modelos que se opõem a essa concepção de mundo se tornam problemáticos.
São digressões indutoras de problemas, porque geram divergências sobre a tal “realidade verdadeira”.
Já as pessoas com uma visão integrativa da realidade apresentam postura distinta ante o mundo: 1) os modelos existentes não representam a “realidade”, apenas foram construídos para explicá-la;
2) os modelos opositores existem para serem questionados e não para serem evitados;
3) modelos melhores ainda virão. Desse modo, elas vêem um mundo repleto de modelos ainda imperfeitos que podem ser melhorados.
A visão de mundo dos pensadores convencionais os leva a enxergar seu papel da seguinte forma: 1) as visões diferentes devem ser destruídas;
2) a situação tem de ser simplificada para evitar uma complexidade desnecessária;
3) as escolhas e as ações precisam ser rápidas e objetivas.

Encaram o trabalho como a defesa de um modelo – ou porque têm certeza de que é o modelo correto, ou ser a escolha entre os vários modelos existentes. Nada mais é preciso, porque não há com que se esforçar.
Com tudo isso, essa postura convencional é caracterizada como “a defesa do modelo simples”. Por que devemos procurar, esforçar-nos e mergulhar na complexidade e incerteza quando não há o que valha a pena buscar?
Contrastando ainda mais, pensadores integrativos enxergam-se no mundo como “construtores de modelos novos” e não como simples eleitores do modelo mais adequado:
1) “Eu sou capaz de criar um modelo melhor”;
2) “Irei ao encontro da complexidade, com entusiasmo”;
3) “Vou me dedicar o tempo necessário para criar um modelo melhor”.
Mais do que a defesa do modelo simples, a postura adotada é a permanente procura por um modelo.
Sempre acham que há outro modelo melhor por aí e que todos os modelos já existentes podem dar dicas e permitem descobrir sobre a natureza desse novo modelo, conseqüentemente ajudando e não limitando a procura contínua.

Ferramentas

Adotar os seis aspectos do pensamento integrativo não transforma a pessoa, mas é um começo necessário. Para construir os modelos criativos buscados por quem pensa assim, é preciso adquirir as seguintes habilidades-chave:
1. Usar a lógica abdutiva (aquela do que possivelmente será), acrescida às lógicas dedutiva (aquela do que deve ser) e indutiva (aquela que faz acontecer).
2. Tornar-se mais explícito e rigoroso sobre usar este ou aquele modelo existente e construir novos modelos não tão fortuitos.
3. Usar a ferramenta da indagação e do entendimento de outros modelos além da ferramenta convencional para defender seu próprio modelo.

Com a postura e as ferramentas corretas, os que pensam de forma integrativa podem acumular experiências que aprofundem o saber e alimentem a originalidade.
O saber sem a originalidade torna-se uma rotina, algo que se faz sem pensar; a originalidade sem o saber é superficial.

É fácil tornar-se um pensador integrativo? Não.
Mas é perfeitamente possível.


Roger L. Martin, Ph.D., é diretor da Rotman School of Management, da University of Toronto, no Canadá.


Expert em competitividade e produtividade, escreveu Opposable Mind: Harnessing the Power of Integrative Thinking.


Achei um tema extremamente interessante e por isso quis dividí-lo com você. Espero que tenha gostado.

Até a próxima!!!
"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim".
(Charles Chaplin)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

OS "ABSURDOS E ABUSOS" EM ANO DE ELEIÇÕES

Por Luisa Monteiro

"A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem". (Paul Valéry)

Em ano de política tudo é possível.
É incrível como a máquina da política volta funcionar a 1000 por hora em ano de eleições e, como essa mesma máquina pára totalmente de funcionar quando os candidatos assumem suas novas posições. A política é sempre a mesma, promessas que são esquecidas após a posse, desvio de atenção da população das CPI’s, das fraudes, das roubalheiras, das falcatruas e das enganações. Esse ano chegamos a desviar o nosso olhar crítico do congresso, para acompanharmos o caso Isabella Nardoni, não que o caso não mereça nossa atenção, não é isso! Mas, a mídia desviou nossos olhos do que acontecia nas barbas do nosso presidente.
"Há encontros na vida em que a verdade e a simplicidade são o melhor artifício do mundo". (Jean de La Bruyère)

É tão simples solucionar nossos problemas básicos, é só começar a investir na educação das nossas crianças, nossa educação pública é uma vergonha. Quantas crianças estão fora da escola, pedindo um trocado nas portas dos nossos carros parados no semáforo, estacionados nas ruas, nas igrejas.
Mas, para os políticos o povo é mais produtivo para o voto sendo “burro”, é mais fácil para comprarem os votos com promessas tolas, com pares de óculos, com dentaduras novas, com pinturas das casas (contanto que no muro tenha seu nome para a campanha política, mostrando apoio ao candidato, mesmo que você nem saiba de onde ele veio e quem ele é), não existe nenhum tipo de interesse por parte dos políticos de melhorar nossa educação de base.
A contento ficamos satisfeitos quando o governo oferece uma lei em 50% das vagas das universidades públicas sejam dos alunos do sistema público. Para muitos foi uma decisão gloriosa, honrosa. Pra mim, não deixou de ser uma decisão falha e humilhante, pois em minha opinião isto é um atestado de burrice. Burrice sim, me desculpe se estou sendo agressiva, no entanto me sinto revoltada quando percebo que isso significa que a educação pública nesse país não tem condições de competir com a educação privada, isto é uma vergonha, pois todos somos capazes de aprender igualmente, então me responda: porque será que o aluno da escola privada passa no vestibular e o da escola pública não? Porque são pobres financeiramente? Porque não tem tempo para estudar? Ou porque simplesmente o governo não investe em novas escolas, no salário dos professores que são “heróis”?
" Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que tem, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros" (O Pensador)

Heróis sim, pois passam anos de sua vida se dedicando aos estudos, investem em sua graduação, seu mestrado, para ganhar um salário indigno.
Nosso sistema capitalista incentiva altos salários a jogadores de futebol que muitas vezes não freqüentaram nem uma universidade, altos salários a apresentadores de televisão, a modelos, pilotos de fórmula 1 e nosso governo esquece de incentivar ou arrecadar patrocínios pra os verdadeiros ídolos do nosso dia-a-dia: O médico da emergência pública, das hospitais públicos, o policial civil e militar, os professores e todos aqueles heróis que estão responsáveis por nossa segurança, nossa educação e nossa saúde.
Todos aqueles que me conhecem de perto sabem do que penso sobre política: os políticos para se elegerem precisam de uma população doente, para que eles prometam saúde, precisam de um povo “burro” para que eles prometam educação e necessitam principalmente de uma população apavorada com tanta insegurança, para que eles prometam segurança.

"Em política é preciso curar os males e nunca vingá-los". (Napoleão III)

É por isso que ouvimos e vemos nos noticiários de hoje apenas um assunto: Desgraças. Você já percebeu quantas notícias saem mensalmente de operações policiais que dão errado? Você acha que é devido a quê? Ao simples fato de que nossos policiais não estão preparados psicologicamente, pois hoje os "inimigos" da polícia estão mais bem preparados, mais bem armados, melhores remunerados, ou você acha que um policial ganha melhor do que um traficante de drogas? Também se achasse eu diria que somos hipócritas ao acreditar. Vê como é simples resolver nossos problemas? Acontece que nossos problemas são de interesse apenas nosso e não dos políticos que "NECESSITAM" dos nossos votos.
Lançam a lei seca, ótimo! Os hospitais agora estão com menos atendimento de urgência, mas o governo está recolhendo quanto com as multas abusivas? Porque não se toma medidas preventivas no lugar das medidas punitivas? Simples: custa caro para o governo, tirar as crianças da rua, educar os adolescentes que roubam e matam. È mais fácil punir do que educar.
Os presídios estão superlotados e, sabe o que é pior? Quando os presidiários saem das celas, saem revoltados, pois são maltratados e ficam ociosos. Falam da pena de morte, não concordo, pena de morte seria mais um paliativo, é necessário acabar com o mal pela raiz.

"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes". (Winston Churchill)
Não sou candidata a nada, nunca gostei do mundo político, mas sou uma cidadã que tem a coragem de expor sua opinião. E, em minha opinião os problemas que temos hoje com educação, saúde e segurança são problemas “criados” pela máquina da política.
Em um mundo ideal, deveríamos ter escolas públicas com o mesmo potencial das privadas, escalonaria uma faixa salarial para ter direito a entrada na escola pública, deveríamos ter presídios com indústrias para que os presidiários trabalhassem e não ficassem tão ociosos e, para aqueles que não se enquadrassem seriam transferidos para presídios distantes com capacidade para ter uma pedreira e esses pudessem trabalhar pesadamente e policiais bem remunerados, para que “valesse a pena arriscar suas vidas em prol das nossas”. E por último deveríamos ter bons hospitais com capacidade de atender a todos de forma preventiva, assim evitaria tantos internamentos e lotações absurdas de pessoas mal cuidadas por falta de médicos, de medicamentos e de postos de saúde.
O que fazem os apresentadores de TV, os jogadores de futebol, os modelos com todo o dinheiro que ganham em prol do nosso povo? Porque são tão idolatrados? Porque não remuneramos da mesma forma, com reconhecimento, fama, bons salários aqueles que deixam suas famílias em casa e se arriscam pelas nossas, como os educadores, os profissionais médicos e os policias?
É bom parar pra pensar, afinal de contas nosso voto vale muito, principalmente em ano de eleições como esse!
Até a próxima!
"Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA"!
(Luís Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PROCESSO DE MUDANÇA

Por Luisa Monteiro


Na última reunião em que participei com meus colegas de trabalho, ouvi muito falar de processo de mudança, o termo me chamou a atenção devido ao fato deste processo acontecer em várias áreas da nossa vida, seja ela pessoal, profissional, material ou espiritual. Por isso resolvi buscar através da internet qual significado para este termo.
Entendo que para se entender o termo, é necessário primeiro entender cada palavra que forma o todo.
Origem da pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Processo
No latim procedere é verbo que indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere). É conjunto sequencial e peculiar de ações que objetivam atingir uma meta. É usado para criar, inventar, projetar, transformar, produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas.
Mudança
Uma mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.

Mudar envolve, necessariamente, capacidade de compreensão e adoção de práticas que concretizem o desejo de transformação. Isto é, para que a mudança aconteça, as pessoas precisam estar sensibilizadas por ela.

Perceber a dinâmica das mudanças é uma necessidade. Viver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que os novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que está acabando e outro que está começando e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira defensiva, com temor ou rejeição, na maioria das vezes.

Mesmo pessoas mais esclarecidas e atualizadas revelam-se surpresas com as mudanças sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, culturais, ecológicas, etc., que acontecem ao longo da vida. Essas transformações fazem com que a vida não seja um caminho linear em que as pessoas percorram livres e desimpedidas.

Encontrei uma matéria de Robert Browning muito interessante sobre a necessidade da Mudança, ele citou um exemplo que aconteceu com Alfred Nobel, que até então eu não sabia, veja:

“Não são muitas as pessoas que já leram o próprio obituário. Alfred Nobel leu. Nobel estava doente já há algum tempo e alguém anunciou falsamente que ele tinha morrido. Imagine sua surpresa quando abriu o jornal de manhã e viu sua morte noticiada!

Ao ler os curtos parágrafos que resumiam sua vida e obra, ficou incomodado ao ver que era mencionado apenas como o homem que inventara a dinamite. A nota descrevia toda a destruição que a invenção causara. Nobel deplorou a idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas.

Depois de ler o seu obituário, Nobel decidiu mudar sua vida. Dedicou sua vida a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz.

A história de Nobel ilustra uma verdade importante: nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança”.

“Dar um novo passo e divulgar algo totalmente novo são as coisas que as pessoas mais temem.”
(Dostoievsky)

É necessário que as mudanças ocorram para que se gere o crescimento, a mudança é inevitável.
Todos têm de lidar com ela. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seus objetivos, nunca saberão do que realmente são capazes de fazer.
Há duas semanas atrás assisti na Discovery Channel uma reportagem sobre um rapaz de 14 anos que perdeu os dois olhos aos 3 anos de idade por causa de um câncer, sua mãe tomou a decisão de optar pela retirada dos dois olhos para que o câncer não se espalhasse e o mesmo corresse risco de morte. Esse rapaz teve que mudar toda a sua forma de viver e não é deu certo. Ele encontrou sozinho uma forma de se guiar e enxergar através de seus ouvidos, ou seja, ele criou uma maneira de fazer estalos na boca que o indicavam onde ele estava, onde tinham obstáculos. Sua mudança foi tão importante que ele hoje anda de patins sozinho, joga basquete e vai a escola como se fosse alguém normal, é incrível o que ele consegue fazer sem a visão.
"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
(Dalai Lama)


É importante saber que nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança. Crescimento é uma escolha, uma decisão que realmente pode fazer diferença na sua vida.
A maioria não percebe que as pessoas bem ou mal sucedidas não diferem substancialmente em suas habilidades. Elas são diferentes em seu desejo de alcançar seu sonho, seus objetivos, suas metas. E nada é mais eficiente que o compromisso com o seu crescimento pessoal.

No site: http://billfitzpatrick.com/AP//pt/15.shtml encontrei uma tradução de José Carlos Ferim, muito interessante, veja o que diz a matéria:
MUDE
"O status quo pode ser confortável, mas para desenvolver-se deve haver mudança. Desde que você busque crescimento, você deve procurar mudar. Você deve se olhar e olhar ao seu redor não somente como ele é, mas também como ele poderia e deveria ser. Você busca as mudanças necessárias para alcançar o melhor, você vê que pode fazer sua parte para um mundo melhor.
Primeiro, você muda você mesmo. Você pode mudar seu dia e passar mais tempo com sua família? Você pode mudar sua rotina regular do almoço e dar um passeio? Você pode mudar seu caminho de casa e parar num hospital por vinte minutos e visitar alguém que teve poucas visitas? Você pode mudar seus hábitos no escritório e achar tempo para fazer mais cinco ligações telefônicas? Quais são as possíveis conseqüências de não mudar? Perceba que muitas pessoas não fazem planos porque eles não querem arriscar nenhuma mudança. Fazer pouco na sua vida é mais fácil e seguro que arriscar, mas assim você será uma pessoa pequena. Em vez disso, busque as mudanças que permitirão que você seja tudo o que você pode ser".

Até aqui, falamos sobre nossa mudança pessoal, vamos agora ver algumas abordagens sobre o processo de mudança mais para o lado profissional, algumas coisas já conseguimos observar, por exemplo: Sem mudanças não há crescimento; Atualmente vivemos um momento de grandes mudanças: ambientais, políticas, poderes, descobertas...; Como já dizia Heráclito de Éfeso: “Não há nada mais permanente que a própria mudança” e ainda acrescentava: “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”.
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”.
(Immanuel Kant)

Maria Rita Gramigna é Mestre em Criatividade Total Aplicada pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela UNA – União de Negócios e Administração (MG). Atua no Mapeamento de Competências, contatos estratégicos com clientes, capacitação gerencial e treinamento da equipe de consultores da MRG Consultoria e Treinamento Empresarial, veja a visão dela sobre processo de mudança.

Facilitar processos de mudança é o grande desafio no século que se inicia.

Mais do que nunca, o momento exige uma prestação de serviços com qualidade e efetividade. A urgência de resultados torna-se uma questão de sobrevivência no mercado.

As lideranças têm um papel de destaque no cenário atual. Delas é exigido o comprometimento com resultados e o uso de competências para resolver problemas antigos dentro de abordagens diversificadas e eficazes.

Desenvolver pessoas e promover mudanças é um processo que ocorre em fases, a saber:

1ª - PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE:

Devido aos vários canais de informação disponíveis que variam desde obras científicas publicadas à internet, esta fase é facilmente superável e demanda um curto espaço de tempo. Constitui o primeiro passo no processo.

É aquele momento onde a pessoa toma conhecimento de fatos, dados, conceitos e informações técnicas que ajudam a identificar necessidades de mudanças e melhorias.

2ª - O QUERER:

A segunda etapa passa pelo nível emocional e é uma questão atitudinal. As dificuldades e o tempo para seu processamento são mais prolongados. Dependerá da forma como cada pessoa se posiciona frente ao quadro diagnosticado anteriormente e de seu nível de sensibilidade para a questão.

Características pessoais tais como autoconfiança, flexibilidade, iniciativa, motivação empreendedora e visão de futuro atuam como elementos facilitadores da atitude do QUERER. Ao contrário, a insegurança, o medo, a acomodação e a visão limitada podem predispor a uma atitude de manutenção do "status-quo". Afinal, permanecer na rotina é menos ameaçador do que arriscar a sair do círculo de influências pessoal.

3ª - PLANEJAMENTO DO FAZER

O novo degrau só é transposto quando está presente a busca de caminhos para o fazer.

Nesta fase as dificuldades aumentam. A pessoa precisa se envolver e atuar com força de vontade na busca de sua capacitação técnica e pessoal. É um momento de decisão, planejamento e preparação para a ação.

4ª - EMPREENDIMENTO DE AÇÕES

Esta etapa pode ser concluída ou não, dependendo do contexto organizacional em que a pessoa atua. Diretrizes superiores, cultura da empresa, sistema de valores vigente, crenças, mitos, clima de trabalho, forma de atuação das equipes e recursos disponíveis são algumas variáveis que atuam como FORÇAS PROPULSORAS ou INIBIDORAS à ação.

O FAZER pode tornar-se realidade ou permanecer na e no DISCURSO.

5ª - FAZER-FAZER

É o grau mais refinado de mudança e o último passo do processo. Novas atitudes, comportamentos e padrões são incorporados naturalmente e passam a fazer parte do cotidiano do envolvido. Nesta etapa a pessoa consegue atuar como AGENTES MULTIPLICADORES e estimulam em seu ambiente o CICLO DE DESENVOLVIMENTO.

E todo processo recomeça, agora, com um número maior de adeptos.

"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre".
(Charles Chaplin)

Gerir a mudança é um processo contínuo e consumidor de recursos. Representa um esforço complexo destinado a mudar organizações para melhor se adaptarem às novas conjunturas, tecnologias e necessidades. A melhor forma de gerir a mudança é procurar antecipá-la, assumindo-a como inevitável e geradora de oportunidades. Hoje, estamos a passar por um período difícil e a que já não estava-mos habituados, mas novas oportunidades aí estão para serem exploradas. Mudar é gerar e aproveitar novas oportunidades. Vamos mudar...
Veja esse vídeo sobre mudança:
Você vai amar, não deixe de vê-lo! É Um texto que Pedro Bial já publicou de Clarice Linspector.

Um Forte abraço a todos!
Semana que vem tem mais.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

DIA DOS PAIS

Por Luisa Monteiro


"Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar". (Bertrand Russell)

A postagem dessa semana é uma homenagem aos homens que são filhos, pais, avós ou bisavós, a quem considero heróis, pois a tarefa de educar, zelar, cuidar, amar e administrar vida de seus filhos e família em geral, não é nada fácil.
Quantos pais solteiros, quantos pais que nem sabem que são pais, quantos avós que assumiram a criação de seus netos, quantos pais ausentes, quantos pais falecidos, quantos pais presentes, seria impossível quantificar. Cada um com sua forma de agir, de falar, de mandar, de acompanhar, mas todos com algo em comum: o AMOR por aqueles que continuarão sua descendência na terra, seus aprendizados, suas lições...

A todos esses que se consideram pais o meu mais carinhoso: FELIZ DIA DOS PAIS!!!

"É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais". (Coelho Neto)

Não poderia deixar de falar um pouco sobre a data, como surgiu e suas especificações, para quem tem a curiosidade aguçada como eu, vamos às pesquisas.

No site Portal da Família diz que: ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.
Em outros países
Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.

Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).

Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !

"Este homem que eu admiro tanto, com todas as suas virtudes e também com seus limites.

Este homem com olhar de menino, sempre pronto e atento, mostrando-me o caminho da vida, que está pela frente.

Este mestre contador de histórias traz em seu coração tantas memórias, espalha no meu caminhar muitas esperanças, certezas e confiança.

Este homem alegre e brincalhão, mas também, às vezes, silencioso e pensativo, homem de fé e grande luta,sensível e generoso.

O abraço aconchegante a me acolher, este homem, meu pai, meu avô com quem aprendo a viver.
Pai, paizinho, paizão...meu velho avô, meu grande amigão, conselheiro e leal amigo: infinito é teu coração.

Obrigado, pai, por orientar o meu caminho, feito de lutas e incertezas mas também de muitas esperanças e sonhos".

(Autor Desconhecido)

A todos vocês que são ou que convivem com esses heróis a quem denominamos Pais uma homenagem sincera por esse dia tão importante do Blog Dia-a-Dia, por Luisa.
Até semana que vem!!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

AUTO-CONHECIMENTO

Por Luisa Monteiro



“Faça uma pausa e ouça o que seu coração tem a dizer. A clareza nasce da busca interior. Todos nós guardamos uma centelha divina: é aquela parte do ser que sabe intuitivamente quem você é, qual seu destino e os caminhos que levam à realização pessoal”.


Primeiramente algumas perguntas:
Você conhece a si mesmo? Sabe exatamente qual sua reação em certas ocasiões? Sabe de onde vem sua força, coragem, determinação, dignidade?Conhece seus limites emocionais do amor e do ódio? Quais suas fraquezas e fortalezas? Quais seus dons?

Você já parou pra pensar em quantas vezes num dia nos estressamos, nos magoamos, nos chateamos por que simplesmente as coisas não saem da forma que planejamos? E, quando isso acontece geralmente dizemos que o trânsito não ajudou, o motorista da frente é lento demais, o governo e a prefeitura simplesmente não ligam pra quantidade de buracos na cidade, que o taxista pegou a rota errada, a secretária atrasou, ou seja, sempre encontramos uma forma de culpar os outros, de criticar as pessoas pelo que elas não são e pelo que deveriam ser.

Certa vez, conversava com um casal de idosos, e um deles saiu da sala, enquanto isso a que ficou começou a desabafar comigo que ele fazia certas coisas só pra provocá-la, que ele não a entendia, ou seja, eles estavam casados há mais de 40 anos e um não entendia o outro. Quando ele retornou a mesa, ela levantou-se para servir o almoço, aí você imagina o quanto ele também não falou das incompreensões dela para com ele. Foi aí que comecei a entender que não há como você compreender o outro se você próprio não se conhece. É a partir de então que começam os julgamentos, as críticas, as desavenças, as PRÉ-suposições das atitudes de cada um, ou seja, a briga já começa antes mesmo de pensar em dialogar.

O auto-conhecimento deveria ser incentivado desde cedo em casa, nas escolas, nos encontros de grupos. Como assim? Você deve estar se perguntando. Bem, existe várias formas de você se conhecer, para quem acredita em astrologia, você pode começar a conhecer suas características boas e as que merecem ser melhoradas, caso você não acredite nisso, então aprenda a ouvir mais sobre você, pergunte-se a si próprio, ou procure ouvir de alguém quem você é. Calma, não é sair por aí perguntando a todo mundo o que acha de você, não é isso!

Você deve ter alguém em que confia, alguém que quer o melhor pra você, pode ser parentes próximos que lhe conheçam bem, mas aconselho que seja alguém que não lhe proteja e sim alguém que quer o seu melhor, ou então, alguém que não lhe conhece como o Psicólogo, o Terapeuta, por exemplo. Agora se você optar por esses profissionais, você terá que realmente ser honesto consigo mesmo, nada de tentar mascarar o que você é, caso contrário você estará apenas gastando seu dinheiro e não vai a lugar nenhum na busca do seu próprio conhecimento.

Mas, será que somos suficientemente humildes para ouvir dos profissionais do bem-estar (Psicólogos, Psiquiatras, Terapeutas...) o que realmente precisamos ouvir?Pense bem, e aí sim procure essa pessoa e peça a ela que lhe seja muito sincera, mas já vou lhe avisando, vá preparado para ouvir e não para se melindrar com o que lhe for dito. Ouça, apenas.

Depois anote todos os pontos que você encontrou de bons a serem mantidos e quais os que tem que ser melhorados, pois a tarefa de auto-conhecer só depende de nós mesmos.
Eu confesso a você que comecei a tentar me entender há pouco mais de dez anos e ainda hoje tenho descoberto algo novo a melhorar, pontos fortes que vem melhorando cada dia, pontos fracos que ainda me fogem do controle, porém tenho cada vez mais deixado de culpar os outros por aquilo que me acontece ou não me acontece.

Na Wikipédia o signicado de auto-conhecimento tem um significado amplo, veja:
Em filosofia, o autoconhecimento ou conhecimento de si é ou um objeto de investigação epistemológica ou é a finalidade de uma busca de natureza ética. Quando visto como objeto da investigação epistemológica, o que se busca é a explicação de como e o que é conhecido. Quando visto como projeto ético, o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor. O autoconhecimento algumas vezes é obtido através da meditação e da psicanálise.

Autoconhecimento como objeto de investigação epistemológica
O conhecimento de si distingue-se do conhecimento de outras coisas (as coisas exteriores ao sujeito) por ser ser imediato, no sentido de não depender de evidências. Pode-se dizer que o autoconhecimento é fruto da introspecção. O sujeito tem acesso privilegiado aos próprios pensamentos, isto é, conhece os próprios pensamentos de uma maneira que os outros usualmente não conhecem. Tal acesso privilegiado é a marca da autoridade da primeira pessoa, pois usualmente o que o sujeito diz sinceramente que pensa deve ser considerado como o que ele pensa, enquanto o que uma outra pessoa diz que o sujeito pensa usualmente não é um relato que desfrute da mesma autoridade.

Autoconhecimento como projeto ético
Filósofos como Platão, Spinoza, Freud e Moran fazem parte de uma tradição que vê o autoconhecimento como uma conquista ou realização que traz saúde e liberdade para a pessoa. Esse projeto ético tem suas raízes no dito do oráculo de Delfos que tanto influenciou Sócrates: Conhece-te a ti mesmo.

De acordo com essa tradição, o autoconhecimento é uma realização, ao invés de algo dado ou prontamente disponível ao sujeito. Para conhecer-se a si mesmo, o sujeito precisa refletir, e interpretar a si mesmo.

Há subdivisões dentro dessa tradição. Primeiro, há os filósofos da antigüidade que viam o autoconhecimento como algo bom por si ou por fins práticos. Segundo, autores confessionais, como Agostinho e Rousseau. Terceiro, os que vêem o autoconhecimento como algo moralmente valioso, mas difícil de ser alcançado por causa da natureza inefável do sujeito. Entre os defensores de tal posição está Nietzsche, em alguns momentos. Quarto, os que vêem o autoconhecimento como uma autocrítica. Tal posição é encontrada no Eclesiastes, em Spinoza, em Nietzsche, Heidegger, Sartre e Moran.

“O autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a auto-estima”.
(Rosemeire Zago)

PORQUE É TÃO IMPORTANTE CONHECER A SI MESMO?

De acordo com a Psicóloga Rosemeire Zago: O diferencial que faz com que cada um consiga ter controle sob suas emoções é o autoconhecimento. A maior parte das pessoas acredita que se conhece, mas na verdade se conhece muito pouco.

Você ama alguém, confia em alguém que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos apenas em quem conhecemos muito! E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua própria capacidade? Como quer ir em busca de seus sonhos se não acredita ser capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem você é.

Segundo Maurício Bastos: Quanto maior o auto-conhecimento, maior a possibilidade de escolhas, de livre-arbítrio. Saímos da condição de vítima da vida e passamos a ter total autoria do viver. Quando temos a possibilidade da escolha, podemos chegar ao caminho da realização através do amor, alegria, compreensão, perdão, etc.
O auto-conhecimento nos propicia a retirada dos véus (personagens, máscaras) que criamos no cotidiano de nossas vidas, possibilitando o encontro real com a nossa verdadeira essência.

“ A verdadeira viagem do ser humano consiste não em buscar novas paisagens, mas sim em ver com olhos novos”
(Marcel Proust)

Rosemeire Zago considera que o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si próprio e fortalecer a auto-estima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Buscam cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.

Quando uma pessoa está bem consigo mesma você percebe isso não pela roupa que está usando, ou o carro que está dirigindo, mas pelo brilho em seu olhar, o sorriso em seu rosto, a paz em seu espírito. Como alguém que dorme mal toda noite pode sentir paz? Como alguém que está constantemente se criticando, se culpando, se achando errado, pode se amar? Amar-se é condição básica para elevar a auto-estima. É importante identificar os fatores que estão te impedindo de elevar sua auto-estima.
Podemos perceber que a auto-estima está baixa quando desenvolvemos algumas características como: insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerteza do que se é, sentimento vago de não ser capaz, de não conseguir realizar nada, não se permitindo errar e com muita necessidade de agradar, ser aprovado, reconhecido pelo que faz e nem sempre pelo que é.
Se você identificou algumas dessas características, pode ser que esteja precisando aumentar seu autoconhecimento para assim elevar sua auto-estima.

Se quiser, poderá fazer o seguinte exercício:
- Escreva dez coisas que você gosta em si mesmo.
- Depois escreva dez coisas que você não gosta em si mesmo ou que gostaria de mudar.
- Qual lista foi mais fácil de completar?
A maioria das pessoas sente mais facilidade em identificar as coisas negativas. Aprendemos que dizer aquilo que gostamos em nós mesmos poderá ser rotulado de presunção, esnobismo, egocentrismo. Nada disso! Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos, pois só assim será capaz de mudar aquilo que te incomoda ou te faz sofrer e valorizar o que tem de bom e que geralmente mergulhado em tantas críticas e cobranças, acaba por esquecer.

Continue o exercício:
- Observe as listas. Coloque um “i” nas características internas, ou seja, que dependam apenas de você reconhecê-las. E um “e” nas características externas, que dependam da opinião de outras pessoas.
- Ao fazer o sinal (i ou e), o que você percebe? Há um equilíbrio entre eles ou você tende mais para um lado?
Se você tem mais características externas ficará mais vulnerável à opinião dos outros e assim, mais facilmente manipulável. Dependerá cada vez mais de aprovação, mas infelizmente nunca da sua própria. Isso quer dizer que toda vez que algo que dependa no mundo externo ou de outras pessoas não correspondam a sua expectativa, você se sentirá frustrado e sua auto-estima tenderá a baixar.

Seu valor estará sempre na dependência do que dirão sobre você, não importando muito sua própria opinião. Por exemplo, quando você perde o emprego, quando recebe uma crítica, quando alguém se distancia de você. Tudo isso pode baixar sua auto-estima e se sentirá incapaz de continuar e desistirá no meio do caminho.

Abandona assim seus sonhos, seus objetivos. Isso acontece quando a principal fonte de auto-estima está naquilo que faz pelo externo, sempre querendo fazer algo para as pessoas em busca de aprovação e reconhecimento. E esse é o caminho mais curto para se machucar. Coloca assim todo seu valor nas opiniões ou respostas no mundo externo e, como quase sempre nada disso corresponde ao que espera, e nem ao que você é realmente, se permite depender cada vez mais de como te avaliam, gerando um círculo vicioso.

O importante é desenvolver a capacidade e ter a consciência de saber que o que faz é o reflexo de quem você é. Ao reconhecer seus pontos negativos, poderá mudar um por um. E reconhecendo seus pontos positivos se sentirá mais confiante em sua capacidade de conseguir o que quer que deseje, independente das críticas ou opiniões que terão sobre você, pois acredita ser capaz de conseguir tudo o que deseja! E ainda que ninguém te aprove, você terá autoconhecimento suficiente para você mesmo se aprovar e principalmente se amar!

O único caminho capaz de atingir o auto-conhecimento é a profunda reflexão das experiências obtidas na vida, pois podemos analisar nosso comportamento e compreender nossas ações. Agindo dessa forma, tendemos a evitar a repetição de erros, tais como, sempre brigamos pela mesma coisa, temos o mesmo desfecho em todos os relacionamentos ou no trabalho. Somente parando, refletindo e analisando a nós mesmos é que poderemos encontrar a paz interior.

Nunca é tarde para iniciar seu processo de conhecer a si mesmo!
Fique bem consigo mesmo, aprenda a se conhecer cada vez mais e viva em paz!
Até a próxima!


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoconhecimento
http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/031017_psy_autoconhecimento.htm
http://www.espacointegracao.com.br/auto_conhecimento.htm
http://www.neinaff.com/autoajuda/autoconhecimento.htm

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