sexta-feira, 25 de julho de 2008

MARKETING INTERDEPENDENTE

Por Luisa Monteiro


"Os milagres não acontecem em contradição com a natureza, apenas em contradição com o que conhecemos da natureza".
(Santo Agostinho)

No mês passado fiz uma publicação sobre DHARMA MARKETING, lembram? Pois é, para minha surpresa o autor da teoria, Prof. Paulo Vieira de Castro, escreveu-me através de email agradecendo a divulgação do seu trabalho no Blog Dia-a-Dia, por Luisa. Respondi imediatamente seu email, sentindo-me lisonjeada por tal agradecimento e pedi autorização para publicar e divulgar aqui, outros trabalhos seus. Além de autorizar, o Prof. Paulo Vieira enviou uma nova teoria, como ele mesmo escreveu no email: "uma nova teoria minha resultante do tempo que passei com os sem abrigo a perceber o que o marketing e a economia tinha a aprender com eles" e esse é o nosso assunto da semana: MARKETING INTERDEPENDENTE.
Além da responsabilidade social (que inclui a responsabilidade ambiental), em breve as empresas começarão a se preocupar com sua responsabilidade espiritual no mundo –que nada tem a ver com religião–, incorporando em seu dia-a-dia o conceito de interdependência, presente na natureza, e a ferramenta da doação.
Por Paulo Vieira de Castro


Prospectando uma nova e solidária economia mundial, o expresidente dos Estados Unidos Bill Clinton lançou recentemente o livro intitulado Dar [Giving no original, já traduzido em Portugal como Dar, mas ainda não publicado no Brasil], em que reformula o sentido do ato de “dar” como algo que embute uma relação custo–benefício positiva para todos e, assim, oferece um olhar inspirador sobre como cada um de nós pode mudar o mundo. Antes disso, o escritor argentino Jorge Luis Borges também havia mostrado que “dar” é o que importa, ao pedir que se lançassem pérolas aos porcos. No meio empresarial, será que não lidaremos com a mesma lógica neste novo milênio? Não será o ato de dar que nos fará crescer e lucrar mais, como empresas e como humanidade?

Diante disso, e longe de qualquer juízo de grandeza moral, coloquei a mim uma questão que pode parecer extravagante para muitos: o que os marketeers podem aprender com os doadores em geral, e particularmentecom aqueles que ajudam os que vivem nas ruas [os sem-teto]? Por exemplo, qual sua motivação para dar? Qual seu retorno? Será que isso poderá inspirar os marketeers? Haverá de inspirar as lideranças das organizações de negócios?

Minha grande descoberta foi a de que, nas ruas, a economia depende principalmente do conceito de interdependência. Essa idéia implica que todos são, ao mesmo momento, provedores e tomadores, clientes e fornecedores.

Apenas são outros os valores agregados: o afeto inclusivo, a proximidade real, a confiança mútua, a segurança capaz de granjear a paz interior.
Assim, logo percebi que receber tais benefícios também são a motivação e a recompensa de quem os dá.
Como esse conceito se transportaria para o ambiente empresarial? Creio que no surgimento de um novo conceito de marketing relacional: o marketing interdependente. Ele se baseia num aspecto verdadeiramente inovador –o fato de que todos devem ganhar numa relação, e não apenas os diretamente envolvidos. A matemática, a química e a física há muitas décadas conseguiram provar que na natureza tudo está interligado e é interdependente.

Como poderiam as empresas e o marketing escapar dessa realidade? Acredito que o marketing terá cada vez mais a aprender com a natureza, ela própria interdependente, e menos com a civilização.

Para a gestão de marketing na prática, isso significará a passagem de um marketing relacional com enfoque em parcerias estratégicas para a fundação de um marketing de comunidades, em que cada um contribui individualmente, não competindo nem cooperando, mas interdependendo.
As empresas deixarão de se ocupar em produzir e comercializar bens e serviços? Não. Mas permearão essa prática com outras baseadas na interdependência.

Eis algumas projeções do que pode vir a ocorrer no ambiente corporativo transformado pela interdependência:
• Em todas as etapas de produção, desde a aquisição de matérias-primas, gestores e funcionários serão orientados a desenvolver e priorizar as “ferramentas” do afeto inclusivo, da confiança mútua, da segurança capaz de granjear a paz interior. Os elos da cadeia de fornecimento se transformarão em comunidades interdependentes.
• O mesmo acontecerá em todas as etapas de comercialização e chegada ao mercado: canais de vendas e consumidores finais se converterão em comunidades.
• As empresas até poderão doar um número de horas remuneradas a seus funcionários para que cultivem o relacionamento com essas novas comunidades.
• O lucro continuará a existir, é claro, mas também será utilizado para recompensar o comportamento interdependente e para cuidar das comunidades.
O ato de dar e os vários credos



Embora a espiritualidade dos negócios não deva jamais ser confundida com uma perspectiva religiosa, é interessante notar a disseminação ecumênica da idéia de “dar”, vista como forma de participar na construção de um mundo no qual todos tenham lugar. Trata-se de um sentimento universal que aparece em diferentes credos, como explica Paulo Vieira de Castro:


• Para os judeus, a caridade é responsabilidade da comunidade.
• Para os católicos, toda a humanidade tem direito ao usufruto dos bens.
• O mundo islâmico dá o exemplo com a prática do zakah, a obrigação de entregar 2,5% do lucro aos mais pobres –para os muçulmanos, só a caridade purifica o lucro obtido.
• Para os hindus, o homem veio ao mundo de mãos vazias, regressando sempre de mãos vazias, e dar é, para eles, a única forma de purificação, pois só as ações filantrópicas darão bom carma.
• Para os budistas, o desapego aos bens materiais é o que faz com que qualquer ação tenha como intenção gerar felicidade aos outros e a si próprio
.


Se um gestor quiser entender de forma completa a idéia da interdependência nos negócios, terá de voltar à necessidade primária do ser humano: a auto-realização. Diferentemente da idéia propagada pela sociedade do conhecimento, em que se mostra fundamental “conhecer”, a proposta central passará a ser “auto-realizar-se”. Admito que não é fácil mudar a lógica, sobretudo nas sociedades ocidentais. É preciso desapegar-se um pouco de nossa sociedade atual para compreender esta frase: “Tudo que dei é meu, continua comigo. Tudo que restará no final será o que compartilhei”. Será possível ter esse sentimento em relação ao que simplesmente compramos ou vendemos?

Madre Teresa de Calcutá afirmava que, “quanto menos temos, mais temos para dar”, e na rua vemos isso claramente. Basta comparar o impacto que tem sobre nós um sorriso ou um abraço sincero com o impacto do consumo, que gera satisfação fugaz e temporária.


Para que isso aconteça no meio corporativo, contudo, talvez sejam necessários às empresas uma nova transparência de propósitos, novos valores e um novo enfoque relacional, traduzidos na criação de comunidades de proximidade real. Uma nova consciência para o mundo dos negócios terá, necessariamente, de passar pela responsabilidade de, como diria Mahatma Gandhi, sermos o exemplo que queremos ver nos outros. Mais uma vez usamos o verbo “dar” –nesse caso, dar o exemplo.


Por onde começar tamanha transformação nas empresas?, perguntará o leitor. Acreditar ser possível é o primeiro passo. Acreditar que você é parte da solução, o segundo. Entender que você é também parte do problema, o terceiro. O resto você já sabe. A esse respeito, Max Planck, um dos “pais” da física quântica, afirmou que à entrada dos portões do templo da ciência estão escritas as palavras: “Deves ter fé”. Ter fé talvez não seja crer no que não vemos, mas criar o que não vemos.


A realidade que se vive nas ruas fez-me antecipar, ainda, o próximo passo, uma nova doutrina econômica aparentada a um capitalismo empreendedor elevado a seu expoente máximo de responsabilidade inclusiva. Nele, assim como na natureza, assistiremos ao retorno à natural evolução criativa, em que nos descobriremos todos maiores que a soma das partes. Além de jogarmos com a idéia de interdependência, passaremos a reconhecer no fator “impermanência” uma variável estratégica de oportunidade, cabendo à alta gestão potencializá-la, em vez de isolá-la como a uma bactéria nociva.


Perante uma humanidade que se debate entre os anseios de uma nova consciência nos negócios e buscas individuais de um sentido mais amplo para a existência, confrontamo-nos com novos ideais de espiritualidade. Só esta parece ser capaz de despertar o princípio organizador, totalizador, integrador de todas as potencialidades humanas. Como poderia ser diferente nas relações de consumo? Tudo na vida é uma doce responsabilidade, não mero jogo de sorte ou azar.
Esse é um entendimento que, desde meados dos anos 80, vem dando origem à figura do gestor servidor.
Aristóteles, que nunca leu um livro de administração de empresas em sua vida, já sabia que somos aquilo que fazemos repetidamente. A excelência não é um ato, mas um hábito. O que falta então para romper com algumas de nossas rotinas? Acreditar que, além de desejável, é possível.


Seguindo a máxima de São Francisco de Assis, deveremos começar por fazer o que é necessário, depois fazer o possível, e logo estaremos fazendo o impossível.

Entre aqueles que cuidam de quem vive na rua, muitos já perceberam que obedecem, agora, a novos paradigmas: o da interdependência e o do dar. A onda criada [na Europa e nos EUA] com movimentos como o Free Hugs (o nome, abraços grátis, é auto-explicativo) ou o Banco de Tempo (que prega a simples troca de tempo por tempo) veio a provar exatamente isso. Está, pois, lançado o mais nobre desafio aos marketeers: a gratuidade –ou, como dizemos cá em Portugal, a gratuitidade.


* Paulo Vieira de Castro é diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto, em Portugal, e seu professor. Ele também atua como consultor de empresas e é o formulador do “dharma marketing”, novo modelo de marketing baseado na responsabilidade espiritual.
Para conhecer mais sobre o assunto, clique em www.dharmamarketing.org.


Gostaria de agradecer mais uma vez ao Prof. Paulo Vieira de Castro a sua confiança na ética do nosso Blog, esse lugar foi criado para trazer aos nossos leitores a oportunidade de conhecer assuntos, teorias e significados de interesse do nosso público.

Espero que vocês tenham gostado deste assunto.


Um grande abraço e até semana que vem!

"Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa."

"As melhores coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração"

"Se conseguirmos deixar de lado as diferenças, creio que poderemos nos comunicar, trocar idéias e compartilhar experiências com facilidade"

"Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros".

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior."

"Fale a verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um toque de voz tranqüilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade".

"Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces"

(Dalai Lama)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

OTIMISMO X ESPERANÇA

Por Luisa Monteiro


Entre as minhas pesquisas e leituras na internet e nos livros me deparei com uma crônica de autoria desconhecida que dizia o seguinte:
“Perguntando certa vez a um líder pacifista árabe, se ele era otimista em relação ao fim da guerra na Palestina, ele respondeu:
Existe uma diferença entre otimismo e esperança. O otimismo é baseado na razão e na probabilidade, já a esperança alicerçada na emoção e no desejo".

Pesquisei um pouco mais sobre a crônica e descobri uma entrevista ao representante da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Jerusalém, Sari Nusseibeh, que em resposta a uma pergunta do entrevistador da revista veja, em abril de 2002, sobre se ele era otimista respondeu – Existe diferença entre otimismo e esperança. Otimismo e pessimismo dependem da razão. Esperança depende das emoções. Se usasse apenas minha razão, provavelmente diria que sou pessimista. Mas não uso somente meu raciocínio. Também utilizo meu coração, e nele há esperança. Por isso, trabalho pela paz, que não é apenas um direito, mas também uma necessidade existencial.

Ao ver as semelhanças de racicíonio entre a crônica e a entrevista resolvi me aprofundar um pouco mais nessa diferença existente entre duas palavras que são muito usadas, mas que de certa forma confundem um pouco em seus reais significados.
Me acompanhem novamente nessa aventura maravilhosa de descobrir significados e entender contextos. Vamos lá?

Bom, primeiramente vejamos o significado de cada palavra separadamente, segundo a wikipédia:
Esperança

Na visão da filosofia é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal.
A esperança requer uma certa perseverança — isto é, acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário.
Exemplos de esperanças incluem ter esperança de ficar rico, ter esperança de que alguém se cure de uma doença, ou ter esperança de que uma pessoa tenha sentimentos de amor recíprocos.


Otimismo

É a disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis. É o oposto de pessimismo.
A oposição entre otimismo e pessimismo é seguidamente evocada pela "charada do copo": se ele é preenchido com água até a metade de sua capacidade, espera-se que um otimista diga que ele está "meio cheio" e que um pessimista reconheça um copo "meio vazio".
Em filosofia, otimismo é uma orientação característica do pensamento de Leibniz, que pode ser resumida na afirmação de que, sendo o universo criado por Deus, nele se torna possível conciliar o máximo de bem e o mínimo de mal, o que faz dele "o melhor dos mundos possíveis". Esta posição, exposta no século XVII, foi particularmente combatida por Voltaire no século XVIII, especialmente em sua obra satírica "Cândido, ou o Otimismo".
Já no início do século XIX, o filósofo anarquista inglês William Godwin foi ainda mais longe que Leibnitz em seu otimismo, ao supor que a sociedade humana tenderia a alcançar um estado em que a razão viria a substituir todo o uso da força e da violência, a mente controlaria a matéria e a inteligência descobriria o segredo da imortalidade.
De acordo com a psicologia:
Uma posição pessoal otimista é fortemente vinculada à auto-estima, ao bem-estar psicológico e à saúde física e mental. Há estudos que relacionam também o otimismo com o funcionamento do sistema imunológico e a resistência ao stress.
Mais recentemente, há uma tendência a associar otimismo e "pensamento positivo", baseada na vulgarização da idéia de que a vontade (muitas vezes combinada com a fé) pode superar qualquer dificuldade, o que está na origem de muitas religiões e de quase toda a pseudoliteratura de auto-ajuda.
Estudos acadêmicos sugerem que, apesar de otimismo e pessimismo serem tradicionalmente vistos como opostos, em termos psicológicos eles podem não funcionar dessa maneira. Ter muito otimismo não significa ter pouco pessimismo, e vice-versa. Em muitas ocasiões, ambos seriam igualmente necessários.
Quando o filósofo político italiano Antonio Gramsci escreveu, na prisão, que o "pessimismo da inteligência" não deveria abalar o "otimismo da vontade", estava citando o escritor francês Romain Rolland.

Esperança é a "confiança em conseguir o que se deseja". Otimismo é achar que os problemas são "passíveis de uma solução positiva". (Reinaldo Gonçalves)

Busquei algumas opiniões sobre o assunto em questão e encontrei nas palavras do educador Rubem Alves, o seguinte:
"Hoje não há razões para otimismo. Hoje só é possível ter esperança. Esperança é o oposto do otimismo.
Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. Camus sabia o que era esperança. Suas palavras: “E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível”. Otimismo é alegria por causa de: coisa humana, natural. Esperança é alegria a despeito de: coisa divina. O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade.

O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas, ele morre. A esperança se alimenta de pequenas coisas. Nas pequenas coisas ela floresce. Basta-lhe um morango à beira do abismo. Hoje, é tudo o que temos ao nos aproximarmos do século XXI: morangos à beira do abismo, alegria sem razões.

Vejamos o que diz o artigo que retirei do site "Portal da Família":

É importante deixar claro que esperança não tem nada a ver com otimismo. A esperança é um sentimento mais complexo e muito mais profundo. O otimista acha que tudo vai dar certo, que tudo vai acabar bem. Mas sabemos que na vida não é assim. Nem sempre as coisas terminam como gostaríamos, por mais duro que seja aceitar isso. Aliás, tudo pode dar muito errado. Nutrir esperança é reconhecer, sempre baseado na realidade dos fatos, que, apesar de todas as dificuldades, é possível encontrar um caminho.

"O otimismo que é parte da esperança, torna-se a própria esperança e o pessimismo que é parte da desesperança torna-se a própria desesperança".
(Georges Bernanos)

O pedagogo Roberto Carlos Ramos ensina lições de otimismo. Para ele, a pessoa otimista não é aquela que se ilude que tudo é perfeito, mas acredita que haverá sempre um lado proveitoso até nas coisas mais difíceis.

C.R. Snyder é professor de Clínica Psicológica na Universidade do Kansas e ele tem um texto que achei bem interessante colocar aqui:
Aumentando a esperança em adultos
Nesta parte, são oferecidas algumas dicas para que os adultos aumentem seus níveis de esperança em relação aos objetivos estabelecidos, descubram os meios necessários e tornem-se motivados.
Dicas para os objetivos
• Torne-se mais consciente das decisões que toma sobre objetivos importantes.
• Estabeleça um objetivo porque é algo que realmente deseje, não porque alguém o quer para você.
• Estabeleça objetivos que exijam de você um pouco mais do que em seus desempenhos anteriores.
• Estabeleça diferentes objetivos em diferentes áreas (nos relacionamentos, nas amizades, na carreira etc.)
• Classifique os objetivos do mais para o menos importante. • Selecione poucos objetivos muito importantes para agir em direção a eles.
• Crie etapas intermediárias facilmente reconhecíveis para cada objetivo.
• Tenha certeza de dispor de tempo suficiente para seus objetivos mais relevantes.
• Não se deixe ser interrompido enquanto trabalha nesses objetivos importantes.
Dicas de caminhos

• Crie vários caminhos para cada um de seus objetivos.
• Escolha o melhor caminho para cada objetivo.
• Divida os objetivos de longo prazo em etapas.
• Comece pelo primeiro passo.
• Mentalize o que faria se encontrasse um obstáculo.
• Quando um caminho não funcionar, não se culpe. Reconhecendo qual estratégia não funcionou, perceba que isso vai auxiliá- lo a encontrar um outro caminho que funcione.
• Se precisar desenvolver uma nova habilidade para implementar um caminho até um objetivo desejado, invista um pouco de tempo nisso.
• Peça ajuda a outros ao planejar como chegar ao objetivo desejado.

Esses estudos demonstram que a esperança está no âmago do processo que facilita transformações positivas em uma variedade de relacionamentos .

Dicas de ação

• Aprenda a conversar consigo mesmo de forma positiva (por exemplo, diga “Eu posso fazer isso!”).
• Olhe à frente imaginando quais obstáculos poderiam surgir.
• Veja os problemas como desafios.
• Lembre-se de seus sucessos anteriores, especialmente quando estiver em dificuldades.
• Aprenda a rir de si próprio e desfrute uma boa risada com os amigos.
• Redefina ou encontre objetivos substitutos.
• Desfrute a sensação de chegar aos seus objetivos tanto quanto tentar atingi-los.
• Durma o suficiente.
• Faça várias pequenas refeições e alimente- se bem, principalmente pela manhã.
• Elimine cigarros, álcool e produtos que contenham cafeína.
• Faça exercícios físicos.
• Viva sempre com luz suficiente (especialmente luz solar).

Essas várias abordagens auxiliaram outras pessoas a fortalecer um modo de pensar esperançoso. Vale lembrar, também, que não é necessário empregar todas essas dicas, mas adotar algumas delas pode ajudar a fortalecer a esperança. Pessoas com elevada esperança também gostam de estar juntas de outras pessoas. Se essas outras pessoas possuem um senso de prazer pela vida, isso provavelmente ajudará nos relacionamentos. Embora não haja nenhuma receita para distribuir esperança, perceber que alguém pode aprender a pensar dessa forma é crucial para se tornar mais esperançoso. Ainda deve ser lembrado que as lições de um modo de pensar esperançoso nascem no berço e continuam por toda a vida.

No site "O Gerente" tem um artigo que fala muito bem do otimismo, inclusive ele divide em Bom e Ruim, apesar de ser bem direcionado para gerente de projetos, acredito que dele poderemos tirar algumas visões e lições para o nosso dia-a-dia, confira:

“O Gerente de Projetos deve limitar o otimismo no projeto”. Parece estranho dizer isso, não? Na realidade existe um otimismo bom e um otimismo ruim, o primeiro deve ser incentivado pelo Gerente, o outro combatido arduamente, pois pode ser um fator de alto risco para o fracasso do projeto.
A diferença entre os dois tipos de otimismo é o seguinte:

Otimismo Bom: é aquele que leva a equipe e outros stakeholders a acreditarem no projeto, buscar a superação nas dificuldades e agir em direção a um bom resultado. Neste tipo de otimismo, ainda impera o realismo, ou seja, há uma visão clara e transparente da situação do projeto para que as decisões tomadas sejam as mais corretas possíveis.
Otimismo Ruim: é aquele que cega o líder e a equipe, e gera expectativas irreais, previsões inalcançáveis e desculpas esfarrapadas. Além de dificilmente atingir os objetivos, a equipe excessivamente otimista joga a culpa do erro em algum dos fatores que não atingiram os objetivos irreais, e não no planejamento errôneo que foi feito.

Então, que fique bem claro: não estou pregando que o Gerente de Projeto deva ser pessimista. Muito pelo contrário, ele deve ser um dos mais otimistas no projeto, e deve usar o otimismo como fator de motivação para a equipe. No entanto, sempre com o pé no chão e garantindo que as decisões, premissas e expectativas possuem uma âncora sólida.
O fato é que, se todas as variáveis são levadas em consideração a partir de uma visão muito otimista, inevitavelmente algumas não atingirão o resultado desejado, e isto impactará em tempo, custos e qualidade. Em outras palavras, na média alguns resultados ficarão fora do desejado e não haverá margens para recuperar o tempo/dinheiro perdidos. Novamente, neste caso a culpa foi do planejamento, não do objetivo específico que não foi atingido.
Para detectar e corrigir o excesso de otimismo, a melhor ferramenta para o Gerente de Projeto é o questionamento. Devem-se buscar com a equipe as fontes de dados e informações que levaram a uma decisão ou previsão. Se estas fontes não são totalmente sólidas, é necessário avaliar cenários alternativos, com perspectivas diferentes das iniciais. O Gerente deve descobrir os diferentes caminhos e probabilidades que uma situação pode gerar.

Estas são duas pequenas dicas que com o tempo percebi que ajudam a trazer a realidade de volta às atividades do projeto:
1. Quando alguém da equipe diz “Ah, eu acho que conseguimos”, desconfie instantaneamente. Não que a capacidade do grupo deva ser questionada, mas é um sinal de que o tema deve ser explorado mais a fundo antes de aceitar uma perspectiva.
2. Documente as informações. Quando a previsão ou informação que alguém lhe passa é documentada, a pessoa terá um cuidado especial em mostrar a realidade ao invés de apresentar situações quase impossíveis de alcançar, já que saberá que se o resultado não for atingido, será confrontado com o que disse no começo.
Finalmente, lembre-se: dar expectativas excessivamente otimistas é algo natural de alguns profissionais, já que buscam um conforto momentâneo (dar a informação que o chefe ou outros querem ouvir), com a esperança de não serem questionados no futuro. Dentro de um projeto, o Gerente de Projeto é a pessoa responsável por eliminar este tipo de cultura e atitude, criando um ambiente de transparência no trabalho em equipe.

"A esperança é como uma fagulha dos bens futuros na mente, que é alimentada pela serragem. A esperança é como uma certa MEMÓRIA das alegrias invisíveis, que no coração do homem aquece interiormente seus lugares mais escondidos e não permite que se seque pelo frio da infidelidade no inverno do mundo presente. E enquanto a esperança viver em nossa mente, nunca se secará a árvore da sabedoria, mas assim como o verdor do tronco conserva-se ileso enquanto for mantido o equilíbrio do humor e do calor, assim também a alma não pode secar quando o calor do Espírito Santo irradia e a nutre pelo alto e a aplicação à boa operação a rega por baixo."
(Hugo de São Vítor)

O que posso dizer ao final desta nossa aventura é que seja na vida profissional ou pessoal sou alguém esperançosa e otimista, e esta afirmação tirei de cada pesquisa que aqui dividi com vocês. Outra conclusão também que pude tirar é que vive-se melhor e mais levemente aquele que encara tudo o que acontece em sua vida com esperança e otimismo, caso contrário a desesperança e o pessimismo "travam" o andar da nossa carruagem a que denominamos VIDA.
Um grande abraço a todos e meus sinceros agradecimentos a você leitor assíduo deste Blog que é feito com muito carinho pra você.
Até semana que vem!

Fontes:

sexta-feira, 11 de julho de 2008

EXISTE DIFERENÇA ENTRE LÍDER E CHEFE?

Por Luisa Monteiro


"As pessoas perguntam qual é a diferença entre um líder e um chefe. O líder trabalha a descoberto, o chefe trabalha encapotado. O líder lidera, o chefe guia".
(Franklin Roosevelt)

Sempre ouvimos falar de chefes e líderes, você acha que existe diferença entre eles? Eu sempre achei que chefe era coisa do passado, um ser humano ditador de regras, autoritário, de pouca visão de futuro e o líder seria um ser humano exemplar, capaz de fazer muitos o seguirem só pelo seu exemplo, pela forma de tratar as pessoas igualitariamente, com respeito as diversidades do grupo que lidera. Mas será que tenho razão? Não sei. Por isso, vamos às pesquisas.

De acordo com o dicionário Michaelis o significado de cada palavra é:

Chefe

  1. Indivíduo que tem a autoridade ou a direção;
  2. Empregado ou funcionário encarregado da direção ou supervisão.
Líder
  1. Guia;
  2. Chefe.
Já no dicionário on line (http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx) temos um significado maior das duas palavras, observe:

Chefe
  1. o principal entre outros;
  2. o encarregado de dirigir um serviço;
  3. comandante;
  4. cabecilha;
  5. capitão;
  6. caudilho;

Líder

  1. chefe, dirigente ou guia de qualquer tipo de acção, empresa ou ideal;
  2. representante de um grupo, de uma corrente de opinião ou de uma bancada parlamentar;
  3. indivíduo ou clube que ocupa a primeira posição em qualquer tipo de competição desportiva;
  4. produto de consumo que mais vende dentro do seu tipo.
Podemos perceber em ambos os significados que um líder é um chefe porém a recíproca pode ou não ser verdadeira. De acordo com algumas pesquisas que fiz a internet, fala-se muito de chefe no sentido autoritário, imponente e quando se fala em líder a noção que se tem é de alguém que serve de exemplo aos outros, que estimula seus funcionários ou subordinados a seguirem suas diretrizes, sem autoritarismo e sim por ter eficiência naquilo que faz.

"O OBJETIVO DE UM LÍDER É EXERCER INFLUÊNCIA EM UM DETERMINADO GRUPO DE PESSOAS A FIM DE QUE ELAS FAÇAM O QUE ELE DESEJA, PORÉM ESTA INFLUÊNCIA NÃO DEVE SER COERCITIVA E POR MEIO DO PODER DE UM CARGO, OBRIGANDO AS PESSOAS A FAZEREM O QUE ELE DESEJA, E SIM, DEVE-SE USAR DA AUTORIDADE E RESPEITO COM ELAS, OFERECENDO UM MEIO DE TRABALHO PROPÍCIO PARA QUE TODAS DESENVOLVAM SUAS ATIVIDADES POR VONTADE PRÓPRIA.

TODO LÍDER DEVE SER UM SERVIDOR PARA SEUS FUNCIONÁRIOS, ESTIMULANDO-OS E DANDO A ELES SUA DEVIDA IMPORTÂNCIA, SABENDO MEDIR SEUS ATOS E DECISÕES, POIS PODERÃO INFLUENCIAR EM TODO O TRABALHO DE EQUIPE.

SABEMOS QUE O LÍDER DEVE POSSUIR AMOR POR SEUS COMANDADOS. AGORA, ESTE AMOR NÃO É APOIADO EM SENTIMENTO E SIM EM COMPORTAMENTOS, COMO CUIDAR, AJUDAR, ELOGIAR, ENTRE OUTROS".
http://pt.wikipedia.org/WIKI/LA­DER

Você pode estar me questionando quanto ao fato de ter escrito aqui tantos significados, ou aonde estou querendo chegar com esses blá, blá, blás. Acontece que, para entendermos de fato a questão de diferenciar liderança de chefia, é necessário ir a raiz da questão. Acompanhe meu raciocínio e tire você suas conclusões, Vamos lá?

Em uma matéria publicada no site da FENINGER encontrei algo muito interessante, veja só:

Há pouco tempo atrás, para administrar uma empresa ou negócio só era necessário um chefe para dar as ordens e funcionários obedientes para cumprí-las. Segundo Roberto Shinyashiki, autor do livro Liderança Para Valer, a empresa precisa de “pessoas capazes de detectar mudanças, encontrar opções para atingir metas, pensar em novos projetos, buscar gente competente para realizá-los e, acima de tudo, inspirar a equipe para manter a confiança em sua capacidade de subir ao pódio”.

Em outras palavras, as empresas dos tempos atuais buscam no mercado por líderes, o que implica em desenvolver as seguintes habilidades:

· traçar metas, estabelecer etapas e prazos para atingi-las;
· contagiar a todos com sua crença no potencial da equipe;
· intervir com autoridade em momentos de crise.

Chefe ou líder? Poder ou autoridade?

Apesar de ocuparem a mesma posição na escala hierárquica, chefe e líder têm significados bem diferentes. Enquanto o chefe se mostra centralizador e age com o poder, o líder é um profundo servidor e atua com autoridade. Em O Monge e o Executivo, de James C. Hunter, essa diferença é citada de forma bem simples e clara: poder "é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa da sua posição ou força, mesmo que a pessoa prefira não fazer" e autoridade "é a habilidade de liderar pessoas a fazerem sua vontade, o que você quer, por causa da sua influencia pessoal".

A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu caráter e à influência positiva que você estabelece sobre os que estão a sua volta. E para estabelecê-la, é necessário um conjunto de especiais competências, das quais duas têm destaque: saber servir e criar relacionamentos.

O bom líder é um servidor de sua equipe. Além de identificar e satisfazer as necessidades legítimas de seus liderados, removendo todas as barreiras para que possam atender ao cliente da forma mais eficaz, incentiva e proporciona condições para que eles se desenvolvam e ofereçam o melhor de si à empresa. Contudo, é importante que o líder esteja sempre focado nas reais necessidades, e não nas vontades, dos seus subordinados, além de ser flexível, capaz de distinguir os diferentes perfis que formam sua equipe.

Sabemos que tudo na vida gira em torno de relacionamentos, entretanto, nem sempre conseguimos desenvolver sentimentos por todos os que nos cercam. Porém podemos e devemos agir com amor para com os demais. E é exatamente esta atitude que completa as características que diferencia o bom líder: uma pessoa capaz de agir com paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade e confiança.

A paciência é ter autocontrole e capacidade de criar um ambiente seguro, no qual as pessoas possam cometer erros sem terem medo de serem advertidas de forma grosseira. O líder deve fazer com que as pessoas se responsabilizem por suas tarefas, apontando suas deficiências, porém deve fazer isso sem ferir sua dignidade.

Bondade é apreciar e incentivar. Um elogio deve ser sempre sincero e específico e deve ser dado a quem realmente merece. É de extrema importância reforçar um comportamento específico porque o que é reforçado é repetido.

Humildade é não ser orgulhoso e arrogante, mas sim real e autêntico com as pessoas.

Respeito é tratar as pessoas como se elas fossem importantes, porque na verdade, elas os são.

Perdão é desistir de todos os ressentimentos. As pessoas não são perfeitas e, de uma forma ou de outra, um dia elas falham. Sem desapegar-se dos resquícios do ressentimento, as energias acabam sendo consumidas e as pessoas se tornam ineficientes.

A honestidade implica em esclarecer as reais expectativas que se esperam das pessoas, tornando-as responsáveis por aquilo que fazem.

E por fim, a confiança, que torna as pessoas mais comprometidas com o trabalho, tornando possível o crescimento individual e do grupo.

As principais diferenças entre chefe e líder.

"Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente". (Fernando Pessoa)

De acordo com o pensamento de Maria de Fátima Ohl Braga , pedagoga pela PUC/SP, ediretora da área de planejamento organizacional da Ohl Braga Consultoria. Um profissional pode se transformar – ou se "descobrir" – num ser capaz de fazer coincidir os objetivos da empresa com os das pessoas que têm a função de mantê-la viva e atuante. De agregar valor ao que o chefe de antigamente fazia - não apenas chegar ao resultado esperado, mas chegar a ele com um significado para as pessoas envolvidas. O líder é aquele que consegue olhar para o seu grupo de trabalho e transmitir a ele um desafio claro, os objetivos que o compõem e a motivação necessária para atingi-los.

Atualmente, o discurso do líder está na boca de todo chefe. Mas há uma discrepância, uma dissonância, e grande, entre o discurso e a prática – talvez até ainda inconsciente. Mudou-se a forma de pensar, mas não se conseguiu introduzir um novo comportamento, um novo hábito.

Na maioria das organizações está-se ainda no primeiro estágio – o de tomar consciência de que é preciso olhar para o grupo de trabalho de uma nova forma. O gestor ainda ouve muito pouco as pessoas à sua volta. Sua capacidade perceptiva ainda é baixa. Mas como um passo só pode ser dado depois de outro, vamos olhar com otimismo e motivação o estágio em que nos encontramos. Qualquer caminho só se constrói com o próprio caminhar. E nós já estamos no caminho.

"A genialidade dos líderes não está em obter conquistas pessoais, mas em libertar o talento de outras pessoas". (João Alfredo Biscaia)

É muito comum trocarmos a palavra chefe pela palavra líder, mas será que o chefe sempre é um líder? O especialista Hilsdorf diz que essas duas coisas podem andar completamente separadas. “Liderança é um estágio a ser conquistado na interação entre as pessoas. Você pode ter chefes que são líderes e chefes que jamais serão. O chefe não necessariamente é um líder, na maioria das vezes,ele foi imposto hierarquicamente. Já o líder não precisa usar do poder hierárquico para conseguir que as coisas sejam feitas, porque ou ele foi escolhido pelo grupo, ou é reconhecido por ele como a pessoa mais indicada para liderá-lo e dizer o que deve ser feito”.

O mercado hoje está à procura de profissionais que consigam aliar essas funções, que consigam ser reconhecidas como líderes pelas pessoas. Mas há muitos chefes que não foram escolhidos pela capacidade de liderança. “Às vezes você vai encontrar as duas figuras numa só pessoa, mas muitas vezes você não vai encontrar”, afirma Hilsdorf.

Sob o olhar da psicóloga Janaina de Aguiar Cibien, existe uma necessidade de se rever o conceito de líder e dar ao termo o verdadeiro significado que decorre do poder pessoal de quem está à frente de um grupo para a execução de uma atividade ou situação. A condição de líder não se adquire simplesmente com o cargo de chefia, mas depende de uma adição espontânea dos comandados. POIS NEM TODO O CHEFE É LÍDER, E NEM TODO O LÍDER É CHEFE.

Ser líder antes de tudo é um grande desafio. É sabido que não existe um perfil ideal para um líder, cada sujeito tem suas características. As ações do líder na empresa permeiam as pessoas para resultados efetivos e duradouros, Neste sentido, é preciso ampliar a definição de que, gerenciar é obter resultados através de pessoas ou grupos, com o mínimo de esforços e o máximo de benefícios para todos: pessoas e organização.

LIDERAR deve ser uma arte com habilidades humanas, técnicas e políticas as serem desenvolvidas continuamente. Nas atuais transformações do padrão de comportamento das pessoas em um ritmo muito mais rápido que no passado, onde os trabalhadores passam a exigir voz nas decisões e nos processos decisórios, fartos de serem confundidos com peças ou ferramentas manipuláveis e mantidos fora do processo de produção. A tarefa do líder passa ser de, assegurar que as pessoas ou grupos sejam competentes para exercer as responsabilidades a eles atribuídas e que compreendam as metas e se comprometam com elas. Surge a necessidade de novas habilidades para gerenciar , como oportunizar, delegar, integrar, comunicar, incentivar, solucionar ou antecipar problemas, bom humor, espírito de equipe, criatividade, determinação, honestidade e humildade. Este é o diferencial nos tempos atuais do líder do futuro, pois esta lidando com PESSOAS, no seu cotidiano no qual tensões, conflitos, raivas, medos, angustias e demais sentimentos afloram e não somente ”recurso humano” da organização. O que parece simples, porém, é um processo trabalhoso, que exige muita disciplina, determinação, foco, comunicação e treinamento continuo da prática desses valores.

"O maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, extrai força de sua humildade e experiência da sua fragilidade".
(Augusto Cury)


Faça você mesmo um teste e comprove: Você é líder ou chefe?
http://www.motivado.com.br/testes/testeliderouchefe.html

Sugiro a leitura de uma matéria muito interessante de Gumae Carvalho, "Quando o chefe não é líder" publicada na Revista Melhor. Vale a pena fazer a leitura, é só clicar no link: http://revistamelhor.uol.com.br/textos.asp?codigo=10409

Acredito que quando pensamos no benefício da empresa e do grupo em geral, preferimos ser liderados e não simplesmente "chefiados", pois chefiar é fácil, o desafio é ser realmente um líder.

Bom final de semana a todos e até a próxima!


Fontes:

sexta-feira, 4 de julho de 2008

VONTADE

Por Luisa Monteiro


"O Meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro". (William Shakespeare)

Se refletirmos um pouco sobre nossas válvulas propulsoras, ou seja, aquelas que nos fazem acordar todas as manhãs com disposição para lutar, correr, agir ou qualquer que seja a ação a ser feita durante o dia, poderemos chegar a conclusão de que a VONTADE é a maior dessas forças que possuímos.

O sentido da palavra Vontade é um pouco complexo, pois não se tem somente vontade, mas temos vontade de algo, de alguma coisa e temos também a força da vontade.

Para Michaelis o significado da palavra vontade é:

  1. A principal das potências da alma, que inclina ou move a querer, a fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
  2. (Psicologia) Impulso para agir em todas as fases de desenvolvimento ou, mais especificamente, o processo de volição; em sentido mais estrito, uma atividade precedida de elaboração mental de antecipação, incluindo opção ou escolha.
  3. Capacidade de tomar livremente uma deliberação.
  4. Perseverança no querer.
  5. Desejo, intenção.
  6. Resolução.
  7. Capricho.
  8. Arbítrio, mando.
  9. Gosto, prazer.

Já na wikipédia encontrei o seguinte significado para a palavra:

Vontade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo.

Para os filósofos Santo Agostinho e Descartes, vontade e liberdade são a mesma coisa: a faculdade através da qual somos dignos de louvor, quando escolhemos o bom, e dignos de reprovação, quando escolhemos o mau.

Agostinho e Descartes concordam em que o fato de nós humanos termos vontade nos torna responsáveis pelas nossas decisões e ações. A dimensão moral do homem decorre do fato dele ter vontade.

Em Agostinho, a escolha digna de reprovação é pecado. Em Descartes é erro. O pecado é uma falta religiosa oriunda da vontade. O erro é uma falta moral ou epistêmica. Moral quando a falta oriunda da vontade é prática. Epistêmica quando a falta oriunda da vontade é teórica.

Agostinho e Descartes também concordam em afirmar que o fato de termos vontade não só nos torna responsáveis por nossos atos e decisões como também livra Deus de qualquer responsabilidade sobre a mesma, tal como explica a teodicéia.

Para você ver como uma simples palavra tem um teor de complexidade, vejamos o que achei sobre vontade na visão da psiquiatria, através das palavras de Iveraldo Amboni Filho:

Vontade é conceituada como sendo a capacidade de associar o "livre arbítrio e o determinismo".

O próprio indivíduo tem a opção de escolher se faz ou não faz determinado ato, julgando, avaliando sugerindo e opinando sobre suas próprias ações; a resolução depende só da vontade própria. Os atos podem ser decorrentes de vontade ou de impulsos ou de instintos. Os atos da vontade ocorrem com representações conscientes do fim, com conhecimentos dos meios e das conseqüências.

Os impulsos são atos sem conteúdo e sem direção, aparecem subitamente e geralmente com conseqüências danosas. O indivíduo se entrega de maneira passiva e cega, ignorando o objetivo. São exemplos de impulsos patológicos: piromania, toxicofilia e cleptomania.

Iveraldo ainda se aprofunda um pouco mais no assunto demonstrando até quais as perturbações da vontade, vejam quais são:

Hiperbulia: é o aumento dos desejos. Segundo Jaspers: é um sentimento gigantesco de força; o pensamento possui força e clareza extraordinárias.


Hipobulia: é a diminuição dos desejos; há um sentimento de passividade e abandono; falta a transformação do impulso volitivo em ação. O indivíduo não tem vontade nem de pensar.


Negativismo: o indivíduo tem uma resistência, sem motivo, contra qualquer tipo de impulso, idéia ou ato motor. Existem 2 tipos de negativismo: o passivo, onde o indivíduo se abstém de realizar qualquer ato, e o ativo, onde o indivíduo realiza sempre o oposto do que lhe é pedido.


Fenômenos em eco: nesse caso a vontade encontra dificuldade em estabelecer limites e critérios. Há uma espécie de círculo vicioso onde, a partir do momento em que a vontade leva a uma ação, essa ação se torna repetitiva, sem motivo de assim o ser. São exemplos de fenômenos em eco: ecopraxia (repetição de atos complexos), ecomimia (repetição dos próprios atos) e ecolalia (repetição de sons ou falas).


Obediência Automática: o paciente realiza de forma passiva e imediata as ordens que lhe são comunicadas, e nesse caso a vontade carece de independência e autonomia, e a vontade do paciente é dependente da vontade alheia.

Para muitos Vontade é uma simples palavra que exprime o querer, mas pudemos ver que o sentido verdadeiro da palavra é bem mais extensivo.

"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável". (Mahatma Ghandi)


Além da Vontade ser uma das nossas forças propulsoras para seguirmos nossa rota no mar da vida, precisamos também de algo um pouco maior que eu particularmente considero muito importante no nosso dia-a-dia: A Força de Vontade. Daí vocês podem até se perguntar: E, não é a mesma coisa? Também pensava assim, mas vamos continuar a nossa aventura em busca dos significados. Vejam a visão de Jaime Balmes (Filósofo Espanhol) sobre Força de vontade:

A FORÇA DA VONTADE


Quase sempre há no homem uma grande soma de forças que ele deixa inativas. O conhecer-se acertadamente é um maravilhoso segredo para fazer muitas e grandes coisas. Ficamos impressionados diante de certos trabalhos realizados pela necessidade. Em situações de necessidade, o homem transforma-se e muda, por assim dizer, de natureza.

A inteligência se engrandece, adquire uma penetração, uma lucidez e uma precisão maravilhosas; o coração se dilata, nada assombra a sua audácia; até o corpo adquire mais vigor. E por quê? Criaram-se por ventura novas faculdades no homem? Não, mas as faculdades que dormiam foram despertadas. Onde tudo era repouso, tudo se tornou movimento, tudo convergiu para um fim determinado. Aguilhoada pelo perigo, a vontade se desenvolve em sua irresistível potência; ordena imperiosamente a todas as faculdades que concorram para a ação comum; presta-lhe sua energia e sua decisão.

Espanta-se o homem ao sentir-se inteiramente mudado; o que apenas ousaria imaginar, o impossível de ontem, torna-se o fato realizado do presente.O que praticamos nas circunstâncias extremas e sob o império da necessidade nos deixa ver o que podemos no curso ordinário da vida.

Para obter, é mister querer; mas querer com vontade decidida, resoluta, inconcussa; com vontade que caminha para o fim sem desanimar com os obstáculos ou fadigas. Mas às vezes parece-nos ter vontade, quando só temos veleidades. Quereríamos, mas não queremos. Quereríamos, se não fora preciso romper com nossa preguiça, afrontar certos perigos, vencer certas dificuldades. Escasseando de energia a nossa vontade, molemente desenvolveremos nossas faculdades e cairemos desfalecidos a meio do caminho.

Esse mesmo autor que escreveu tão bem sobre a Força de vontade, também fala da Firmeza da vontade, acompanhe comigo o raciocínio maravilhoso que ele consegue escrever sobre o assunto:

"É erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os". (Alexandre Herculano)


A FIRMEZA DA VONTADE

Querer com firmeza! Esta firmeza assegura o sucesso nas empresas difíceis; por meio dela nos dominamos a nós mesmos, condição indispensável para dominar as coisas.

Há dois homens em cada homem: um, inteligente, ativo, elevado, nobre em seus pensamentos e em seus desejos, submetido às leis da razão, cheio de ousadia e generosidade; outro inteligente, sem arrojo, sem expediente, não se atrevendo a levantar nem a cabeça nem o coração acima do pó da terra, envolvido inteiramente nos instintos e nos interesses materiais. O último é um ser de sensações e de gozos; nem lembrança de ontem, nem previsão de amanhã; para ele, a hora presente, o gozo presente é que constituem a felicidade; tudo o mais é nada. Em contrapartida, o primeiro instrui-se com as lições do passado, sabe ler no futuro, há para ele outros interesses que os de momento; não circunscreve em tão estreito círculo o que se chama a vida, a aspiração da alma imortal.

Sabe que o homem é uma criatura formada à imagem de Deus; levanta o pensamento e o coração para o céu; conhece a sua dignidade; compenetra-se da nobreza da sua origem e de seus destinos, paira acima da região dos sentidos. Que direi ainda? Ao gozo prefere o dever.

Nenhum progresso sólido e permanente é possível se não favorecemos a parte nobre da alma, sujeitando-lhe o homem inferior. O que se domina a si mesmo, facilmente domina as circunstâncias. Uma vontade firme e perseverante, além de outras qualidades, liga ou subjuga as vontades mais fracas, e lhes impõe naturalmente e sem esforço a sua superioridade.

"Para realizarmos as coisas boas que desejamos para a nossa vida, mais do que “ter vontade de...”, é preciso “usar a vontade para...”. A energia que todos temos, e que é maior do que parece à primeira vista, pode ser toda ela empregada a nosso favor: basta querer de verdade". (Jaime Balmes)

Clique no link abaixo e veja um vídeo que é um exemplo de vida, de determinação e principalmente de FORÇA DE VONTADE:


http://br.youtube.com/watch?v=Vm7scSZLkZg

Desejo a vocês muita Força de vontade para cada ato, para cada decisão, para tudo aquilo que vocês venham a precisar obter. E cada dia seja cheio de muita vontade de quere fazer dar certo.


Um grande abraço a todos e até semana que vem, se Deus quiser!

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