sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PROCESSO DE MUDANÇA

Por Luisa Monteiro


Na última reunião em que participei com meus colegas de trabalho, ouvi muito falar de processo de mudança, o termo me chamou a atenção devido ao fato deste processo acontecer em várias áreas da nossa vida, seja ela pessoal, profissional, material ou espiritual. Por isso resolvi buscar através da internet qual significado para este termo.
Entendo que para se entender o termo, é necessário primeiro entender cada palavra que forma o todo.
Origem da pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Processo
No latim procedere é verbo que indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere). É conjunto sequencial e peculiar de ações que objetivam atingir uma meta. É usado para criar, inventar, projetar, transformar, produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas.
Mudança
Uma mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.

Mudar envolve, necessariamente, capacidade de compreensão e adoção de práticas que concretizem o desejo de transformação. Isto é, para que a mudança aconteça, as pessoas precisam estar sensibilizadas por ela.

Perceber a dinâmica das mudanças é uma necessidade. Viver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que os novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que está acabando e outro que está começando e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira defensiva, com temor ou rejeição, na maioria das vezes.

Mesmo pessoas mais esclarecidas e atualizadas revelam-se surpresas com as mudanças sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, culturais, ecológicas, etc., que acontecem ao longo da vida. Essas transformações fazem com que a vida não seja um caminho linear em que as pessoas percorram livres e desimpedidas.

Encontrei uma matéria de Robert Browning muito interessante sobre a necessidade da Mudança, ele citou um exemplo que aconteceu com Alfred Nobel, que até então eu não sabia, veja:

“Não são muitas as pessoas que já leram o próprio obituário. Alfred Nobel leu. Nobel estava doente já há algum tempo e alguém anunciou falsamente que ele tinha morrido. Imagine sua surpresa quando abriu o jornal de manhã e viu sua morte noticiada!

Ao ler os curtos parágrafos que resumiam sua vida e obra, ficou incomodado ao ver que era mencionado apenas como o homem que inventara a dinamite. A nota descrevia toda a destruição que a invenção causara. Nobel deplorou a idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas.

Depois de ler o seu obituário, Nobel decidiu mudar sua vida. Dedicou sua vida a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz.

A história de Nobel ilustra uma verdade importante: nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança”.

“Dar um novo passo e divulgar algo totalmente novo são as coisas que as pessoas mais temem.”
(Dostoievsky)

É necessário que as mudanças ocorram para que se gere o crescimento, a mudança é inevitável.
Todos têm de lidar com ela. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seus objetivos, nunca saberão do que realmente são capazes de fazer.
Há duas semanas atrás assisti na Discovery Channel uma reportagem sobre um rapaz de 14 anos que perdeu os dois olhos aos 3 anos de idade por causa de um câncer, sua mãe tomou a decisão de optar pela retirada dos dois olhos para que o câncer não se espalhasse e o mesmo corresse risco de morte. Esse rapaz teve que mudar toda a sua forma de viver e não é deu certo. Ele encontrou sozinho uma forma de se guiar e enxergar através de seus ouvidos, ou seja, ele criou uma maneira de fazer estalos na boca que o indicavam onde ele estava, onde tinham obstáculos. Sua mudança foi tão importante que ele hoje anda de patins sozinho, joga basquete e vai a escola como se fosse alguém normal, é incrível o que ele consegue fazer sem a visão.
"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
(Dalai Lama)


É importante saber que nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança. Crescimento é uma escolha, uma decisão que realmente pode fazer diferença na sua vida.
A maioria não percebe que as pessoas bem ou mal sucedidas não diferem substancialmente em suas habilidades. Elas são diferentes em seu desejo de alcançar seu sonho, seus objetivos, suas metas. E nada é mais eficiente que o compromisso com o seu crescimento pessoal.

No site: http://billfitzpatrick.com/AP//pt/15.shtml encontrei uma tradução de José Carlos Ferim, muito interessante, veja o que diz a matéria:
MUDE
"O status quo pode ser confortável, mas para desenvolver-se deve haver mudança. Desde que você busque crescimento, você deve procurar mudar. Você deve se olhar e olhar ao seu redor não somente como ele é, mas também como ele poderia e deveria ser. Você busca as mudanças necessárias para alcançar o melhor, você vê que pode fazer sua parte para um mundo melhor.
Primeiro, você muda você mesmo. Você pode mudar seu dia e passar mais tempo com sua família? Você pode mudar sua rotina regular do almoço e dar um passeio? Você pode mudar seu caminho de casa e parar num hospital por vinte minutos e visitar alguém que teve poucas visitas? Você pode mudar seus hábitos no escritório e achar tempo para fazer mais cinco ligações telefônicas? Quais são as possíveis conseqüências de não mudar? Perceba que muitas pessoas não fazem planos porque eles não querem arriscar nenhuma mudança. Fazer pouco na sua vida é mais fácil e seguro que arriscar, mas assim você será uma pessoa pequena. Em vez disso, busque as mudanças que permitirão que você seja tudo o que você pode ser".

Até aqui, falamos sobre nossa mudança pessoal, vamos agora ver algumas abordagens sobre o processo de mudança mais para o lado profissional, algumas coisas já conseguimos observar, por exemplo: Sem mudanças não há crescimento; Atualmente vivemos um momento de grandes mudanças: ambientais, políticas, poderes, descobertas...; Como já dizia Heráclito de Éfeso: “Não há nada mais permanente que a própria mudança” e ainda acrescentava: “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”.
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”.
(Immanuel Kant)

Maria Rita Gramigna é Mestre em Criatividade Total Aplicada pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela UNA – União de Negócios e Administração (MG). Atua no Mapeamento de Competências, contatos estratégicos com clientes, capacitação gerencial e treinamento da equipe de consultores da MRG Consultoria e Treinamento Empresarial, veja a visão dela sobre processo de mudança.

Facilitar processos de mudança é o grande desafio no século que se inicia.

Mais do que nunca, o momento exige uma prestação de serviços com qualidade e efetividade. A urgência de resultados torna-se uma questão de sobrevivência no mercado.

As lideranças têm um papel de destaque no cenário atual. Delas é exigido o comprometimento com resultados e o uso de competências para resolver problemas antigos dentro de abordagens diversificadas e eficazes.

Desenvolver pessoas e promover mudanças é um processo que ocorre em fases, a saber:

1ª - PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE:

Devido aos vários canais de informação disponíveis que variam desde obras científicas publicadas à internet, esta fase é facilmente superável e demanda um curto espaço de tempo. Constitui o primeiro passo no processo.

É aquele momento onde a pessoa toma conhecimento de fatos, dados, conceitos e informações técnicas que ajudam a identificar necessidades de mudanças e melhorias.

2ª - O QUERER:

A segunda etapa passa pelo nível emocional e é uma questão atitudinal. As dificuldades e o tempo para seu processamento são mais prolongados. Dependerá da forma como cada pessoa se posiciona frente ao quadro diagnosticado anteriormente e de seu nível de sensibilidade para a questão.

Características pessoais tais como autoconfiança, flexibilidade, iniciativa, motivação empreendedora e visão de futuro atuam como elementos facilitadores da atitude do QUERER. Ao contrário, a insegurança, o medo, a acomodação e a visão limitada podem predispor a uma atitude de manutenção do "status-quo". Afinal, permanecer na rotina é menos ameaçador do que arriscar a sair do círculo de influências pessoal.

3ª - PLANEJAMENTO DO FAZER

O novo degrau só é transposto quando está presente a busca de caminhos para o fazer.

Nesta fase as dificuldades aumentam. A pessoa precisa se envolver e atuar com força de vontade na busca de sua capacitação técnica e pessoal. É um momento de decisão, planejamento e preparação para a ação.

4ª - EMPREENDIMENTO DE AÇÕES

Esta etapa pode ser concluída ou não, dependendo do contexto organizacional em que a pessoa atua. Diretrizes superiores, cultura da empresa, sistema de valores vigente, crenças, mitos, clima de trabalho, forma de atuação das equipes e recursos disponíveis são algumas variáveis que atuam como FORÇAS PROPULSORAS ou INIBIDORAS à ação.

O FAZER pode tornar-se realidade ou permanecer na e no DISCURSO.

5ª - FAZER-FAZER

É o grau mais refinado de mudança e o último passo do processo. Novas atitudes, comportamentos e padrões são incorporados naturalmente e passam a fazer parte do cotidiano do envolvido. Nesta etapa a pessoa consegue atuar como AGENTES MULTIPLICADORES e estimulam em seu ambiente o CICLO DE DESENVOLVIMENTO.

E todo processo recomeça, agora, com um número maior de adeptos.

"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre".
(Charles Chaplin)

Gerir a mudança é um processo contínuo e consumidor de recursos. Representa um esforço complexo destinado a mudar organizações para melhor se adaptarem às novas conjunturas, tecnologias e necessidades. A melhor forma de gerir a mudança é procurar antecipá-la, assumindo-a como inevitável e geradora de oportunidades. Hoje, estamos a passar por um período difícil e a que já não estava-mos habituados, mas novas oportunidades aí estão para serem exploradas. Mudar é gerar e aproveitar novas oportunidades. Vamos mudar...
Veja esse vídeo sobre mudança:
Você vai amar, não deixe de vê-lo! É Um texto que Pedro Bial já publicou de Clarice Linspector.

Um Forte abraço a todos!
Semana que vem tem mais.

Um comentário:

Elaine disse...

Oi Luisa,

Sei que este texto é meio antigo, mas achei ele agora.
Estou exatamente nessa fase da minha vida e comecei a escrever um blog e ao pesquisar achei seu texto maravilhoso.
Me identifiquei com diversas coisas descritas e acredito realmente que a mudança é necessária e inevitável e as fases descritas representam muito. Citei seu texto no meu blog. Parabéns.
beijos

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